Mercado norte-americano importa 90% do sumo que consome, e 80% vem do Brasil.
A tarifa de 50% sobre as importações brasileiras assinada nesta quarta-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contém exceções importantes, como a aviação, sumo de laranja e minerais.
A lista de dezenas de produtos isentos inclui mercadorias agrícolas, industriais e minerais, dos quais a economia norte-americana é mais dependente.
A indústria da aviação civil, por exemplo, poderá continuar a exportar sem a nova taxa todos os tipos de peças utilizadas nos processos de montagem, desde aparelhos elétricos e pneus a filtros para motores, bem como helicópteros e aviões completos.
A principal beneficiária dessas isenções é a Embraer, terceira maior fabricante mundial, que destina aos Estados Unidos 45% dos seus aviões comerciais e 70% dos seus jatos executivos.
Pouco depois da divulgação do decreto de Trump, as ações da Embraer dispararam mais de 10% na bolsa de São Paulo, refletindo o alívio dos investidores.
Além disso, certos produtos da indústria madeireira, como algumas variedades de pasta de celulose usada na fabricação de papel, foram isentos.
As empresas do setor estavam entre as mais afetadas pela potencial tarifa e começaram a anunciar demissões temporárias, já que cerca de 50% da sua produção vai para os EUA, num valor que em 2024 foi de 1,6 mil milhões de dólares.
Minerais, como ouro, carvão e ferro, e derivados do petróleo, como querosene e nafta, também ficarão isentos da nova tarifa.
No setor agrícola, a exceção mais notável é o sumo de laranja, cujas vendas para os EUA, principal destino das exportações brasileiras desse produto, totalizaram 795 milhões de dólares no ano passado.
O mercado norte-americano importa 90% do sumo que consome, e 80% vem do Brasil.
Outras exportações importantes do país sul-americano para os EUA, como café e carne bovina, estarão sujeitas à nova tarifa que vai entrar dia 06 de agosto, ao contrário do programado para sexta-feira.
Os EUA são o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, sendo o destino de 12% das suas exportações, atrás apenas da China e da União Europeia.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou o decreto que oficializa a imposição de tarifas de 50% aos produtos brasileiros, naquela que representa mais uma escalada da Casa Branca contra o Governo de Lula da Silva.
"Hoje, o Presidente Donald J. Trump assinou uma Ordem Executiva implementando uma tarifa adicional de 40% sobre o Brasil, elevando o total da tarifa para 50%, para lidar com políticas, práticas e ações recentes do Governo do Brasil que constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos", lê-se no documento.
Uma das justificações é a acusação de golpe de Estado a Jair Bolsonaro, aliado político de Donald Trump.
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