Elon Musk notificou a intenção de cancelar a compra da tecnológica argumentando que a empresa mentiu sobre a percentagem de contas automatizadas.
Os acionistas da plataforma social Twitter vão votar no dia 13 de setembro a compra da empresa pelo empresário Elon Musk, com quem mantém uma batalha legal, anunciou a tecnológica na terça-feira.
Num documento publicado pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), a empresa convocou os seus acionistas para participarem numa reunião extraordinária no dia 13 de setembro através de conferência telefónica para aprovarem ou não a compra nos termos acordados em abril passado.
No documento, o conselho de administração do Twitter apelou aos acionistas para validarem o negócio, explicando que seria o último passo para a sua conclusão, embora tenham, também, afirmado este mês que a conclusão do negócio dependerá do "litígio pendente".
Elon Musk notificou no início deste mês a sua intenção de cancelar a compra da tecnológica, acordada entre as duas partes em abril por cerca de 44.000 milhões de dólares (cerca de 43,4 mil milhões de euros, ao câmbio atual), argumentando que a empresa sediada em São Francisco, Califórnia, mentiu sobre a percentagem de contas automatizadas.
A intenção não foi bem recebida pelo conselho de administração da empresa, que respondeu com uma ação judicial num tribunal de disputas comerciais para o forçar a concluir a transação, estando o julgamento está marcado para outubro e prevê-se que se prolongue por cinco dias.
O tribunal com sede em Wilmington, no estado norte-americano do Delaware, aceitou na semana passada um pedido da plataforma social para acelerar a compra, depois de Musk ter pedido para que o julgamento fosse adiado, na melhor das hipóteses, até fevereiro de 2023.
Os advogados de Musk insistiram que a "disputa sobre contas falsas e 'spam' é fundamental para o valor do Twitter" e pediram "tempo substancial" para a realização de uma investigação, tendo considerado que é "desnecessário" seguir um "calendário vertiginoso.
Por outro lado, a empresa considera que os seus interesses estão a ser prejudicados diariamente pela manobra de Musk, que acusa o Twitter de o ter enganado e não lhe ter dado os dados por si solicitados.
A posição do conselho de administração alterou-se desde a assinatura de um acordo preliminar para a compra do Twitter com uma valorização de 54,20 dólares por ação.
Atualmente, a cotação em bolsa da plataforma do 'pássaro azul' é de cerca de 39 dólares, pelo que representaria um ganho significativo para os acionistas.
Os advogados do Twitter acreditam que a decisão de Musk abandonar a compra da plataforma social se prende com as recentes desvalorizações das empresas tecnológicas em Wall Street.
"Suspeitamos que o senhor Musk quer atrasar esta ação judicial o suficiente para nunca ser responsabilizado", referiu o advogado William Savitt na audiência preliminar de 19 de julho, acrescentando que o empresário sul-africano "sabe que, nestas circunstâncias, a justiça atrasada é muitas vezes negada".
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