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"Acordava a gritar vamos cair"

Ex-namorada revela que Andreas Lubitz se queixava das condições laborais.

29 de março de 2015 às 03:30

Uma ex-namorada do copiloto do Airbus A320 disse ontem, em entrevista ao jornal alemão ‘Bild’, que Andreas Lubitz planeava fazer algo tão espetacular que "mudaria o sistema" e "todos saberiam o seu nome e se lembrariam dele".

Identificada como Maria W. (pseudónimo), a hospedeira de bordo, de 26 anos, manteve uma relação com o copiloto em 2014 e admite ter recordado a frase ao saber da queda do avião da Germanwings, em que seguia o ex-namorado, nos Alpes Franceses, ceifando a vida de 150 pessoas. Contou que inicialmente não percebeu o significado daquelas palavras mas que agora fazem sentido.

Lubitz queixava-se das condições laborais e do ordenado e sonhava ser comandante de voos de longo curso na Lufthansa, mas, de acordo com Maria W., sabia que, devido ao problemas de saúde, esse desejo seria impossível de concretizar. A jovem explica que Lubitz não falava sobre a doença e apenas referia estar a receber tratamento psiquiátrico. Durante a noite, o piloto tinha pesadelos e acordava a gritar: "Vamos cair." A ex-namorada admite ter terminado a relação por temer Lubitz. "Enquanto conversávamos, ficava fora de si e gritava (…), tornou-se uma pessoa diferente."

A Lufthansa recusou comentar estas revelações, que surgem numa altura em que as autoridades confirmam que o alemão de 28 anos recebera baixa psiquiátrica que abrangia o dia 24 de março, data da queda do avião da Germanwings.

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