A edição de hoje
Contestam acordo UE-Mercosul e políticas de Bruxelas para o setor.
O cheiro a queimado e odor característico de gases utilizados pela polícia espalharam-se esta quinta-feira pelas ruas de Bruxelas, ao mesmo tempo que os líderes da UE estavam reunidos no Conselho Europeu. O caixão colocado no centro da praça mesmo em frente ao Parlamento Europeu foi o símbolo aquilo que mobilizou perto de dez mil agricultores em Bruxelas: a morte da agricultura. Um pouco por toda a capital belga, foram centenas os tratores que bloquearam estradas e avenidas. Traziam batatas e fardos de palha que serviam de arma de arremesso contra as autoridades. De volta, a polícia belga respondeu com mangueiras de água e gás para afastar os agricultores.
São contra principalmente dois pontos: a política para o setor da UE e o acordo com o Mercosul. O primeiro porque dizem que a Europa está a abandonar o setor, o segundo porque dizem que vai matar a agricultura europeia. “Será imperdoável se não conseguirmos consumar um acordo que durou 25 anos a estabelecer”, disse Luís Montenegro à entrada para o Conselho. O primeiro-ministro português está ao lado de países como a Espanha, que querem o acordo assinado. Já a França considera que não é possível fechar o tema e Meloni já pediu mais tempo ao presidente brasileiro, Lula da Silva, para assinar o acordo.
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