Despejaram mercadorias nas estradas e atiraram estrume a fachadas em forma de protesto por melhores condições para o setor.
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Os agricultores estão há vários dias a bloquear estradas em toda a França para exigir que o governo tome medidas para resolver as várias queixas do setor. O Executivo já anunciou medidas, mas os agricultores continuam em protesto por considerarem que o Governo não foi suficientemente longe.
Entre outras medidas, o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, prometeu uma isenção fiscal sobre o gasóleo agrícola, o compromisso de negociar em Bruxelas a revogação da obrigação de deixar 4% das terras em pousio e a aceleração dos pagamentos da Política Agrícola Comum (PAC), da qual a França é o principal beneficiário, com 9 mil milhões de euros por ano. O governante prometeu ainda que França não ratificaria o acordo de comércio livre entre a UE e o Mercosul.
Os protestos têm provocado lentidão no trânsito, com barricadas de fardos de palha e de resíduos agrícolas em frente aos gabinetes do Governo, em manifestações que se multiplicam em várias zonas do país, na primeira grande crise para o recém-empossado primeiro-ministro Gabriel Attal. Os agricultores descontentes despejam mercadorias nas estradas e já chegaram a atirar estrume a fachadas de edifícios como forma de protesto.
A França é o maior produtor agrícola da União Europeia e os protestos dos agricultores franceses seguem ações semelhantes noutros países europeus, como a Alemanha e a Polónia, com muitos manifestantes a dizerem que estão a ser atingidos pela globalização e pela concorrência estrangeira.
Eis algumas das questões que motivaram os protestos.
PORQUE É QUE OS AGRICULTORES ESTÃO A PROTESTAR?
Os agricultores franceses dizem que não estão a ser pagos o suficiente e que estão sufocados por uma regulamentação excessiva em matéria de proteção ambiental.
Algumas das suas preocupações, como a concorrência de importações mais baratas e as regras ambientais, são partilhadas pelos produtores do resto da UE, enquanto outras, como as negociações sobre os preços dos alimentos, são mais específicas de França.
CUSTOS
Do ponto de vista financeiro, os agricultores argumentam que a pressão do Governo e dos retalhistas para fazer baixar a inflação deixou muitos produtores incapazes de cobrir os elevados custos da energia, fertilizantes e transportes.
IMPORTAÇÕES
As grandes importações provenientes da Ucrânia e as novas negociações para concluir um acordo comercial entre a UE e o bloco sul-americano Mercosul, alimentaram o descontentamento em relação à concorrência desleal nos setores do açúcar, cereais e carne. As grandes importações são ressentidas pelo facto de pressionarem os preços europeus e de não respeitarem as normas ambientais impostas aos agricultores da UE.
AMBIENTE
No que diz respeito ao ambiente, os agricultores discordam tanto das regras da UE em matéria de subsídios, como o requisito de deixar 4% das terras agrícolas em pousio.
As disputas em torno dos projetos de irrigação e as críticas sobre o bem-estar dos animais e a poluição na agricultura aumentaram o descontentamento da população agrícola francesa, que está envelhecida e se sente desconsiderada pela sociedade.
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