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“As crianças morrem a um ritmo sem precedentes” em Gaza, afirma diretor executivo da UNICEF

Falta de água e temperaturas altas criam “um risco iminente” de difusão de doenças.

03 de agosto de 2025 às 01:30

"As crianças estão a morrer a um ritmo sem precedentes.” A denúncia é do diretor executivo adjunto da UNICEF, após uma viagem aos Territórios Palestinianos Ocupados e a Israel, a quarta desde outubro de 2023.

Ted Chaiban diz que viu, “nos rostos das famílias e das crianças, as marcas do sofrimento profundo e a fome” tal como constatou “o grave risco de fome” que a população da Faixa de Gaza enfrenta. “Agora temos dois indicadores que superaram o limiar da fome. Uma em cada três pessoas em Gaza passa dias sem comer e o indicador de desnutrição superou o liminar, com uma desnutrição aguda global que supera os 16,5% na cidade de Gaza. Há mais de 320 mil crianças pequenas que estão em risco de sofrer desnutrição aguda”, assegurou.

O responsável esteve com as famílias de dez crianças que morreram num ataque aéreo israelita, enquanto estavam na fila de uma clínica com os pais. “As crianças que conheci não são vítimas de um desastre natural. Estão a ser deslocadas e bombardeadas”, afirmou.

Além da fome e dos ataques que todos os dias fazem vítimas, Ted Chaiban salientou que a falta de água e as temperaturas altas criam “um risco iminente” de difusão de surtos de doenças “em toda a parte”. “Estamos numa encruzilhada. As decisões que agora se tomem vão determinar se dezenas de milhares de crianças vão viver ou morrer. Sabemos o que se tem de fazer e o que se pode fazer. A ONU e as organizações não governamentais que integram a comunidade humanitária podem enfrentar isto”, avisou.

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