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Ataque de 11 de Setembro continua a matar bombeiros

Desde o início do ano já morreram sete militares envolvidos nas missões de salvamento.

26 de março de 2018 às 15:03

Thomas Phelan e Keith Young são as mais recentes vítimas do atentado de 11 de Setembro de 2001. Os bombeiros norte-americanos juntam-se à longa lista de militares que morreram anos após o ataque e devido a problemas de saúde relacionados com o dia fatídico.

Embora a lista oficial de contabilize 2977 vítimas mortais, as mortes relacionadas com o dia do atentado continuam a aumentar e o cancro é a principal causa.

Thomas Phelan foi responsável por evacuar centenas de pessoas para fora da baixa de Nova Iorque após o embate dos aviões nas Torre Gémeas. 

Em 2003, juntou-se à corporação de bombeiros de Manhattan e aos 45 anos foi diagnosticado com cancro, em fase terminal, nos pulmões. Thomas morreu no passado dia 16 de março.

"Na hora mais negra da nossa cidade, o heroísmo do bombeiro Thomas Phelan salvou centenas de pessoas", escreveu o presidente da Câmara de Nova Iorque, Bill de Blasio, na sua conta Twitter após ser informado da morte do bombeiro. 

Um dia depois da morte de Thomas, morreu Keith Young, bombeiro desde 1998 e militar na unidade de Midwood, em Brooklyn.

Durante nove meses, o homem trabalhou nos escombros do ataque e em 2015 teve de ser operado a um tumor alojado na pélvis. Foi obrigado a abandonar a profissão, mas morreu aos 53 anos. 

"O céu tem muita sorte em ter o anjo mais incrível", escreveu a filha do bombeiro em homenagem ao pai no Instagram.

De acordo com a Associação de Bombeiros da Gran Nova Iorque (UFANYC, sigla em inglês), a morte destes bombeiros não é caso único e não é aleatória.

Desde o dia do ataque já morreram 173 bombeiros voluntários e, de acordo com a associação, só em 2018 sete militares perderam a vida devido a "problemas relacionados com os ataques do 11 de Setembro".

Em entrevista à BBC, a associação revelou que um em cada oito dos bombeiros que estiveram ao serviço no ‘Groun Zero’ apresentou algum tipo de tumor após o episódio.

O Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos estima que mais de 400 mil pessoas sofreram algum tipo de trauma por terem estado expostas a poluentes tóxicos criados pela derrocada das Torres Gémeas.

"Somos a prova viva dos efeitos do ataque e da sopa tóxica que estivemos a respirar durante meses", declarou Gerard Fitzgerald, porta-voz da UFANYC.

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