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Autoridades canadianas declaram ilegal greve na Air Canada

Poucas horas após o início da paralisação, o Governo canadiano ordenou ao CIRB que mediasse o conflito laboral e pusesse fim à greve, tal como tinha solicitado a Air Canada.

18 de agosto de 2025 às 18:29

As autoridades canadianas declararam esta segunda-feira ilegal a greve iniciada no sábado por cerca de 10.000 comissários de bordo da Air Canada e que mantém suspensas todas as operações da maior companhia aérea do país.

O Conselho de Relações Laborais do Canadá (CIRB, na sigla em inglês) declarou que a paralisação é ilegal, após uma audiência realizada na noite de domingo e depois de o Governo canadiano ter ordenado no sábado o fim da greve do pessoal de bordo da Air Canada.

A companhia indicou, em comunicado, que o CIRB ordenou aos trabalhadores que regressassem aos seus postos de trabalho às 12h00 desta segunda-feira (16h00 GMT).

A Air Canada acrescentou que a sua intenção é começar a retomar os serviços na noite de hoje e que estima que, desde 16 de agosto, quando começou a cancelar voos, a paralisação já tenha afetado cerca de 500.000 passageiros.

No sábado, os 10.000 tripulantes de cabine da maior companhia aérea do Canadá entraram em greve devido ao impasse nas negociações para a assinatura de um novo contrato coletivo, após oito meses de reuniões com a empresa, o que obrigou a transportadora a cancelar cerca de 900 voos diários.

Poucas horas após o início da paralisação, o Governo canadiano ordenou ao CIRB que mediasse o conflito laboral e pusesse fim à greve, tal como tinha solicitado a Air Canada.

O sindicato Canadian Union of Public Employees (CUPE), que representa os comissários de bordo da Air Canada, requereu ao Tribunal Federal a suspensão da ordem de mediação e que os trabalhadores pudessem regressar aos seus postos de trabalho.

O sindicado também tinha pedido ao CIRB que adiasse a aplicação da ordem governamental de fim da greve até que o Tribunal Federal se pronunciasse sobre a sua validade legal.

Os trabalhadores denunciaram que, nos últimos 25 anos, o salário base do pessoal de bordo apenas aumentou 10%, enquanto a inflação, no mesmo período, cresceu bem acima.

Além disso, não são remunerados por grande parte do trabalho que realizam em terra, como as tarefas de embarque e desembarque de passageiros.

A companhia ofereceu aumentos salariais entre 12% e 16% no primeiro ano, bem como alterações no pagamento das horas de trabalho em terra.

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