Confirmados 17 mortos e 37 feridos no incêndio que destruiu torre residencial.
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Os bombeiros de Londres atualizaram na manhã desta quinta-feira o balanço de vítimas do incêndio da torre de Grenfell. Estão contabilizados 17 mortos e 37 pessoas permanecem hospitalizadas, 17 das quais em estado crítico.
Já era esperado que a contagem de vítimas aumentasse durante esta quinta-feira. Dezenas de pessoas continuam dadas como desaparecidas e só agora os bombeiros e operacionais de resgate e salvamento estão a entrar em segurança nas ruínas do edifício para procurar os corpos de quem possa ter ficado preso nos andares de cima da torre Grenfell.
O mayor de Londres, Sadiq Khan, dirigiu-se, esta quinta-feira, a uma igreja perto do edifício onde ocorreu a tragédia e foi recebido por uma multidão em fúria. Cerca de 300 pessoas estavam no local e uma delas foi detida por distúrbios.
Autoridades admitem "risco de não conseguir identificar todas as vítimas"
A Polícia Metropolitana de Londres conseguiu identificar formalmente seis vítimas mortais da tragédia na torre Grenfell, adiantando que os corpos destas foram encontrados no exterior do edifício.
O comandante Stuart Candy explicou ainda que "há risco de não conseguir identificar todas as vítimas" e que espera que o número total de mortos "não chegue aos três dígitos".
Theresa May já ordenou a abertura de um inquérito às causas deste incêndio.
Marcelo Rebelo de Sousa falou com mãe das crianças portuguesas feridas
Durante esta quinta-feira o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou com a mãe das duas crianças portuguesas que ficaram feridas com gravidade no incêndio de Londres, para saber do seu estado de saúde. A família, uma das três de nacionalidade portuguesa que vivia na torre, foi internada após ser retirada do edifício em chamas.
Numa nota de Presidência da República desta quinta-feira é descrito que Marcelo "falou esta manhã com a mãe das crianças portuguesas feridas no incêndio que ainda estão internadas, para se inteirar do seu estado de saúde e desejar as rápidas melhoras"
Os pais das crianças, ambos de 38 anos, sofreram ferimentos ligeiros e acabaram por ter que ser internados num hospital da região. Já as crianças estão ambas fora de perigo, depois de terem passado a quarta-feira sob observação médica.
Na quarta-feira Marcelo Rebelo de Sousa já tinha expressado solidariedade para com as vítimas do incêndio, manifestando "especial cuidado com as duas crianças portuguesas feridas".
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Fumo ainda saia da torre mais de 24 horas depois do incêndio
Às primeiras horas da manhã desta quinta-feira, ainda era possível ver fumo a sair do prédio de 24 andares que começou a arder ao início da madrugada de quarta-feira, em Londres.
O incêndio provocou 78 feridos, dos quais 17 ou 18 (número avançado pela polícia) estão em estado crítico. Famílias inteiras estão desaparecidas e o número de mortos poderá certamente subir.
O comandante da polícia metropolitana de Londres, Stuart Cundy, diz acreditar que o número de mortos "vai, tristemente, aumentar".
A comissária dos bombeiros, Dany Cotton, revela que as autoridades não sabem realmente quantas pessoas morreram no incêndio e que os bombeiros estão traumatizados pela incapacidade de salvar mais pessoas.
"Tragicamente, agora não esperamos encontrar mais alguém com vida", disse a comissaria à televisão Sky News. "A severidade e a temperatura do fogo significam que será um milagre absoluto que alguém ainda esteja vivo", acrescentou.
Mais de 200 bombeiros trabalharam durante a noite, mas partes do prédio ainda são consideradas inseguras.
As vítimas portuguesas do fogo de Londres
Portugueses salvos
No prédio viviam cerca de 10 portugueses, que ocupavam três apartamentos. Todos sobreviveram à tragédia e estão livres de perigo de vida , mas o estado de saúde de duas meninas, de 10 e 12 anos, e uma mulher grávida de sete meses ainda inspira cuidados.
Os bombeiros anunciam que conseguiram salvar 65 pessoas das torres, mas muitas estão desaparecidas.
Uma delas é Rania Ibrham, mãe de dois filhos, que fez um vídeo em direto para o Facebook em que dava conta da aflição da sua família, bloqueada pelo fogo no 23º andar do edifício.
fogo torre
Os sobreviventes passaram a noite de ontem em abrigos de emergência e contaram com a ajuda de donativos que chegaram sob todas as formas para aqueles que perderam tudo.
A torre, uma construção de 1974, era a casa de 600 pessoas. O projeto de habitação social contava com 200 apartamentos no bairro de North Kensington, perto da conhecida zona de Notting Hill. A polícia montou um cordão de segurança em volta do edifício, impedindo o acesso de moradores ao prédio.
Muitas pessoas surgiram no local com fotos das pessoas desaparecidas, outros deixaram flores, velas e mensagens.
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