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Elon Musk promove extrema-direita alemã e é acusado de interferir na campanha eleitoral

Opinião de magnata em jornal alemão levou à demissão da editora-chefe da publicação.

30 de dezembro de 2024 às 19:10

O Governo alemão acusou Elon Musk de interferir na campanha eleitoral do país. O magnata teceu considerações no X sobre a situação política na Alemanha e desenvolveu a sua opinião num artigo para o jornal Welt am Sonntag. A situação gerou uma onda de críticas e levou à demissão de uma editora-chefe da publicação.

Num texto partilhado no X, o magnata considerou que apenas a AfD- Alternativa para a Alemanha- poderia "evitar o declínio" e "salvar a Alemanha".

Na coluna escrita para o jornal alemão, o multimilionário descreve a AfD como “o último farol de esperança para este país”, que afirma estar “à beira do colapso económico e cultural”. Elogia a abordagem da AfD à economia e diz ainda que a classificação do partido como extrema-direita é "extremamente incorreta". 

“O retrato da AfD como extremista de direita é claramente falso, considerando que Alice Weidel, a líder do partido, tem uma parceira do mesmo sexo do Sri Lanka! Isto parece-vos o Hitler? Por favor!", lê-se na publicação, citada pelo jornal The Guardian

Depois da publicação do artigo, uma onda de críticas direcionadas ao jornal levou a editora-chefe a apresentar a demissão. "Sempre gostei de chefiar o departamento de opinião da WELT e WAMS. Hoje apareceu um texto de Elon Musk no Welt am Sonntag. Ontem apresentei a minha demissão", escreveu Eva Marie Kogel no X. 

Christiane Hoffmann, porta-voz do Governo alemão, considerou que "Elon Musk está a tentar influenciar as eleições federais”. A responsável afirmou que Musk tem o direito à liberdade de expressão: “Afinal de contas, a liberdade de opinião também abrange os maiores disparates”.

Recorde-se que a coligação de centro-esquerda de Olaf Scholz colapsou no mês passado. De acordo com o jornal The Guardian, prevê-se que os socialistas do SPD percam para o bloco de centro-direita da CDU de Merz.

Apoios financeiros

O multimilionário (atualmente o homem mais rico do mundo) gastou mais de 247 milhões de euros para apoiar a última campanha de Donald Trump nos Estados Unidos da América.

Mais recentemente, o britânico Nigel Farage disse estar “em negociações” com Musk sobre uma doação substancial para o seu partido, o Reform UK.

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