Sondagem indicou que 80% dos eleitores atribuem aos preços altos as suas principais dificuldades.
Os consultores de campanha de reeleição do presidente Joe Biden estão preocupados com a persistência da inflação nos EUA, quando uma sondagem indicou que 80% dos eleitores atribuem aos preços altos as suas principais dificuldades.
Esta semana, Biden assinalou na rede social X o facto de o índice bolsista Dow ter atingido um máximo histórico, tomando isso como um sinal da confiança dos mercados na economia norte-americana.
"Isto é uma excelente notícia para as contas de reforma dos americanos e mais uma prova da confiança na economia dos Estados Unidos", escreveu Biden.
A mensagem de Biden nas redes sociais surge dias depois consultores da sua campanha eleitoral terem expressado, em declarações aos 'media' norte-americanos, preocupação com o efeito da inflação na popularidade do presidente.
Nas respostas a essa mensagem, milhares de norte-americanos expressaram o seu descontentamento com as dificuldades financeiras que continuam a sentir devido aos altos níveis de inflação.
Apesar de os índices económicos revelarem melhorias significativas na economia dos EUA, a perceção dos eleitores está longe de refletir esse otimismo e uma sondagem do jornal Financial Times revelou que 80% dos eleitores refere que os preços elevados dos produtos são o principal desafio que as famílias enfrentam em termos económicos.
Outras sondagens referem que Biden tem vindo a descer de popularidade nos estados considerados essenciais para o desfecho das eleições presidenciais de 05 de novembro -- os chamados 'swing states', em particular no Nevada, Geórgia e Pensilvânia -- onde o adversário republicano, Donald Trump, pode conseguir os votos necessários para poder regressar à Casa Branca.
"O problema de Biden é que, apesar de a economia estar a revelar sinais fortes de recuperação, as pessoas não a sentem no bolso. Pelo contrário, o elevado nível de inflação leva-os a percecionar exatamente o contrário, sobretudo entre as famílias com condição económica mais frágil", analisou em declarações à Lusa Lisa Branson, investigadora de Ciência Política da Universidade do Texas em Austin.
Para esta especialista, os elevados níveis de inflação afetam sobretudo os eleitores de menores rendimentos, que são aqueles que as sondagens dizem estar a ser mais convencidos pelas propostas de Trump.
Os dados da Reserva Federal dos EUA mostram que o índice de consumo continua a subir, o que levou o banco central norte-americano a abrandar a descida das taxas de juro, para tentar acelerar a chegada ao objetivo dos 02%.
"Esta da Reserva Federal prejudica sobretudo os mais pobres, porque são eles os que mais recorrem à dívida nos cartões de crédito. E isso afasta-os de Biden", explicou Branson, referindo as tentativas que o presidente está a fazer para corrigir a trajetória da sua política.
"Nos últimos dias, Biden apresentou propostas económicas semelhantes às que Trump tem vindo a defender, nomeadamente na aplicação de tarifas à importação de produtos da China, sobretudo para agradar aos que desejam mais protecionismo do mercado dos Estados Unidos", disse Branson, a propósito de medidas que a Casa Branca apresentou esta semana.
A sondagem do Financial Times indicava que a maioria dos eleitores acredita que a estratégia económica de Biden tem prejudicado a economia e são mais de 60% (mesmo entre os democratas) que defendem uma mudança significativa no rumo da política financeira do Governo.
As sondagens também indicam que a maioria dos eleitores acredita que Trump tem mais margem para introduzir as mudanças no sistema que muitos desejam, nomeadamente quando ouvem o candidato republicanos garantir que, se voltar à Casa Branca, não permitirá que a Reserva Federal decida medidas que prejudicam as famílias economicamente mais frágeis.
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