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Bolsas europeias continuam em baixa a digerir as novas tarifas impostas pelos EUA

Mercados em pânico devido ao receio das consequências económicas da guerra comercial.

04 de abril de 2025 às 09:10

As principais bolsas europeias negociavam hoje em baixa, depois de o anúncio na véspera de tarifas globais por parte dos EUA ter desencadeado o pânico nos mercados, devido ao receio das consequências económicas da guerra comercial.

Às 08h55 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a recuar 0,99% para 517,93 pontos.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt desciam 0,70%, 0,93% e 0,84%, respetivamente, enquanto as de Madrid e Milão se desvalorizavam 1,77% e 2,07%.

A bolsa de Lisboa mantinha a tendência da abertura e às 08h55 o principal índice, o PSI, baixava 0,98% para 6.898,46 pontos.

O mercado mantém a tendência negativa e continua a analisar as consequências da guerra comercial.

Tendo em conta as consequências económicas da guerra comercial, o mercado estará hoje atento ao relatório de emprego dos EUA e à presença do presidente da Reserva Federal dos EUA, Jerome Powell.

A este respeito, dizem analistas da Renta4 citados pela Efe, será importante se Powell validar os quatro cortes de taxas que o mercado está a prever para 2025.

Na quinta-feira, as bolsas europeias fecharam em baixa, a descer cerca de 3%, mas a queda foi muito menor do que a registada em Wall Street, onde os principais indicadores terminaram o pior dia desde 2020, com fortes perdas, que variaram entre 4% e 6%.

O Dow Jones terminou a recuar 3,98% para 40.545,93 pontos, que compara com o máximo desde que o índice foi criado em 1896, de 45.014,04 pontos, em 04 de dezembro de 2024.

O Nasdaq, índice de cotadas de alta tecnologia, fechou a cair 5,97% para 16.550,61 pontos, contra o máximo de sempre, de 20.173,89 pontos, verificado em 16 de dezembro de 2024.

A esta hora, os futuros de Wall Street antecipam mais uma sessão 'a vermelho', embora com perdas mais moderadas, enquanto na Ásia o Nikkei de Tóquio perdeu 2,75%.

O mercado continua a ser condicionado pelo anúncio de tarifas recíprocas por parte do Presidente dos EUA, Donald Trump, que, no entanto, manifestou a sua disponibilidade para negociar se as ofertas forem "fenomenais".

O preço da onça de ouro, um ativo de refúgio, estava a descer para 3.097,71 dólares, contra 3.107,61 dólares na quinta-feira e o atual máximo histórico, de 3.131,52 dólares, atingido em 2 de abril.

Os juros da obrigação a 10 anos da Alemanha, considerada a mais segura da Europa, desciam para 2,574%, contra 2,650% na sessão anterior.

O preço do petróleo Brent para entrega em junho, a referência na Europa, baixava 1,3% para 69,21 dólares, contra 70,14 dólares na quinta-feira, depois de ter caído 6% na quinta-feira, arrastado pelo impacto que as tarifas podem ter na procura e depois de a OPEP+ ter decidido aumentar a produção de petróleo a partir de maio.

O euro estava a avançar, a cotar-se a 1,1057 dólares no mercado de câmbios de Frankfurt, um máximo desde 30 de setembro de 2024, contra 1,1039 dólares na quinta-feira e 1,0218 dólares em 13 de janeiro, um mínimo desde 10 de novembro de 2022.

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