A edição de hoje
Presidente do Brasil garantiu que não vai abandonar a sua agenda pública nem deixar de fazer as suas aparições surpresa.
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que a 6 de setembro do ano passado sofreu um atentado à faca que por pouco não o matou, avançou na noite desta quarta-feira estar a ser ameaçado de morte. À saída de um evento que não constava na sua agenda e a que foi de surpresa, Bolsonaro fez a revelação a jornalistas mas recusou adiantar detalhes sobre a origem e o teor das ameaças.
Na curta conversa informal com os repórteres, Jair Bolsonaro, que teve de se submeter a três cirurgias e a outros procedimentos médicos ao longo de cinco meses para ultrapassar as graves sequelas provocadas pelo agressor, preso numa penitenciária de alta segurança, declarou que, até pelo cargo que ocupa, a sua vida está constantemente em risco e que teme a ação de algum agressor isolado, cuja presença escape à apertada vigilância que normalmente o cerca.
Ele referiu nomeadamente que é praticamente impossível identificar um homem-bomba que se aproxime dele como qualquer admirador fingindo querer cumprimentá-lo, e, mais ainda, perceber a presença de um sniper, um atirador de elite no alto de algum edifício.
Mas, apesar disso, garantiu que não vai abandonar a sua agenda pública nem mesmo deixar de fazer as suas aparições surpresa, como fez esta quarta-feira, quando saiu a pé do Palácio do Planalto, sede da presidência, e caminhou por cerca de 300 metros até ao Congresso Nacional, onde a sua presença não era esperada.
Segundo Bolsonaro, essas saídas não previstas atenuam a rotina oficial, que o faz sentir prisioneiro, e, como ninguém espera que ele as faça, provavelmente oferecem menos risco de um ataque do que os eventos que são divulgados na agenda oficial, onde são reveladas data e hora e local onde estará.
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