Entre os assuntos a serem debatidos pelos dois está a crítica situação na Venezuela.
Os presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, e dos Estados Unidos, Donald Trump, encontram-se esta terça-feira na Casa Branca, em Washington, a capital norte-americana, onde o brasileiro está em visita oficial desde a tarde de domingo. Apresentado pela imprensa dos EUA como "Trump dos trópicos", Bolsonaro realiza assim o sonho de estar com o seu maior ídolo, a quem tenta repetidamente imitar em gestos e retóricas.
Entre os assuntos a serem debatidos pelos dois, que terão um encontro a sós no Salão Oval da Casa Branca, sem ministros nem assessores, estão a crítica situação na Venezuela, país com que o Brasil tem uma fronteira de mais de 2000 km, o incremento das trocas comerciais e o estreitamento da cooperação entre ambos os países na área da Defesa. O encontro está a suscitar uma enorme expectativa do lado do governo brasileiro, que quer ser um parceiro privilegiado dos EUA nessas e em outras áreas, nomeadamente na política externa, e uma expectativa bem mais cautelosa por parte do governo americano, que prefere esperar a concretização das promessas de mudança feitas por Bolsonaro antes de fazer concessões.
Desde que o presidente brasileiro chegou aos EUA, várias medidas anunciadas pelo governo de Brasília já provocaram polémica. Uma delas é a permissão brasileira para que os EUA passem a usar a Base Aerospacial de Lançamentos de Alcântara, no estado brasileiro do Maranhão, para lançarem satélites, uma concessão recusada pelos governos do Brasil ao longo dos últimos 20 anos mas que Jair Bolsonaro atendeu em menos de dois meses.
Outra medida que causou um certo constrangimento no Brasil, principalmente nos meios diplomáticos, foi a decisão do executivo brasileiro de isentar de visto para entrada no país os cidadãos dos EUA, do Japão, do Canadá e da Austrália. Uma medida desse tipo costuma ter sempre reciprocidade, ou seja, um país só isenta de visto cidadãos de outro país que faça a mesma coisa, mas, neste caso, isso não aconteceu, e os brasileiros vão ter de continuar a penar, e muito, para conseguirem entrar nos EUA e nos outros países atingidos pela medida.
Mas a maior expectativa é saber se da reunião entre Bolsonaro e Trump vai sair alguma medida prática, e talvez decisiva, sobre a situação de caos a que a ditadura do presidente Nicolás Maduro levou a Venezuela. Ontem, segunda-feira, em mais uma gaffe num discurso de improviso, Bolsonaro afirmou na Câmara de Comércio, em Washington, que o Brasil confia no poder bélico dos EUA para devolver a democracia à Venezuela e libertar o povo daquele país.
A declaração foi interpretada como um aval de Bolsonaro a uma eventual intervenção militar norte-americana na Venezuela, como Trump já várias vezes ameaçou fazer, mas choca com a posição oficial do Brasil, principalmente dos militares que têm forte presença no executivo bolsonarista. Tanto que o porta-voz presidencial brasileiro, general Octávio Rego Barros, se apressou a corrigir Bolsonaro, repetindo que o Brasil não concorda com uma solução militar externa para a situação na Venezuela, nem permitirá o uso do seu território para uma intervenção estrangeira no país vizinho.
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