Presidente brasileiro continua com rejeição muito forte da população mas, se as eleições fossem hoje, seria reeleito.
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Apesar de ter marcado os primeiros 18 meses da sua presidência por sucessivas crises e polémicas e de ser constantemente acusado de autoritarismo e omissão, nomeadamente na atual pandemia de Coronavírus que até esta sexta-feira matou cerca de 85 mil pessoas no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro continua a ser o favorito para as próximas eleições presidenciais, que só acontecem em 2022 mas já tomam conta da vida política brasileira há muito. Isso é, ao menos, o que garante uma sondagem agora divulgada, feita pelo Instituto Paraná Pesquisas a pedido da revista "Veja".
Bolsonaro continua com uma rejeição muito forte da população, mas, mesmo assim, e em grande parte pela divisão e fragilidade dos potenciais adversários, se as presidenciais de 2022 se realizassem hoje ele seria reeleito para um novo mandato. O instituto fez diversas simulações, nas quais Bolsonaro é confrontado com os principais potenciais candidatos à presidência já conhecidos ou presumidos neste momento, e, com uma pequena variação percentual, venceria a todos.
Os nomes usados nas simulações são os do ex-presidente Lula da Silva, do ex-autarca de São Paulo e candidato derrotado por Bolsonaro em 2018, Fernando Haddad, do ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, do atual governador de São Paulo, João Doria, do apresentador de televisão Luciano Huck e do ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, terceiro nas presidenciais passadas. Na projeção feita pelo Instituto Paraná de Pesquisas, nenhum deles conseguiria vencer o polémico presidente de extrema-direita, que literalmente virou o Brasil de cabeça para baixo com as suas posições extremadas e as suas declarações agressivas e nada protocolares.
Bolsonaro venceria a todos, se as presidenciais fossem hoje, com percentuais que variam, dependendo do adversário, entre 27,5% e 30,7%, diz o instituto. Apesar de ter uma rejeição popular de 48%, Bolsonaro mantém praticamente intacta a sua fatia de aproximadamente 30% de eleitores aguerridos e fiéis, que o apoiam em qualquer situação, o suficiente para o eleger com o apoio dos indecisos que há última hora se inclinam para um lado ou o outro.
Por outro lado, os seus principais adversários não conseguiram neste ano e meio de crises do governo Bolsonaro vincar uma posição forte ou reagir de forma conjunta. Lula, condenado por corrupção duas vezes, mesmo tendo sido libertado provisoriamente em Nobembro passado simplesmente desapareceu, limitando-se a dar uma entrevista aqui outra ali, os outros representantes da esquerda, como Haddad e Ciro, lutando cada um por si dividem uma oposição fragmentada pelo próprio Lula, os potenciais candidatos do centro, como João Doria e Luciano Huck não conseguiram convencer até agora, e Sérgio Moro, fora da magistratura e do governo está a perder força dia a dia.
Até a pandemia de Coronavírus, de que Bolsonaro tem sido acusado de não combater como deveria, o ajuda a manter a sua capacidade eleitoral. Tendo criado um programa de auxílio emergencial de 100 euros mensais para as famílias mais pobres e as que perderam a renda, Bolsonaro passou a ser apoiado por milhões de pessoas que antes o detestavam mas agora vêem nele a possibilidade de manterem ao menos o mínimo dos mínimos para a sua subsistência.
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