País vive atualmente uma polémica com o aumento dos preços dos combustíveis.
O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, anunciou esta sexta-feira uma troca na presidência da petrolífera estatal Petrobras, colocando no cargo o general Joaquim Silva e Luna, num momento de polémica acerca do aumento dos preços dos combustíveis no país.
"O Governo decidiu indicar o senhor Joaquim Silva e Luna para cumprir uma nova missão, como conselheiro de administração e presidente da Petrobras, após o encerramento do ciclo, superior a dois anos, do atual presidente, senhor Roberto Castello Branco", indicou Bolsonaro na rede social Twitter.
Na quinta-feira, o chefe de Estado já tinha adiantado que "algo iria acontecer" na maior empresa do país, mas sem dar pormenores.
Na sua habitual transmissão em vídeo na rede social Facebook, na quinta-feira, o chefe de Estado fez críticas à gestão da Petrobras e aos sucessivos aumentos no preço dos combustíveis.
"A partir de 1.º de março, não haverá mais imposto federal sobre o diesel por dois meses. Nos próximos dois meses, vamos estudar uma forma definitiva de eliminar esse imposto para ajudar a equilibrar esse aumento excessivo da Petrobras", declarou Jair Bolsonaro, ao anunciar a isenção de impostos sobre diesel e gás durante dois meses.
"Teve um aumento, no meu entender, aqui eu vou criticar, um aumento fora da curva da Petrobras. 10% na gasolina e 15% no diesel. É o quarto reajuste do ano. A bronca vem sempre para cima de mim, só que a Petrobras tem autonomia", acrescentou o mandatário.
Há duas semanas, o sindicato dos camionistas, que apoiou o líder de extrema-direita nas presidenciais que Bolsonaro venceu em 2018, ameaçaram realizar uma greve geral contra o aumento dos preços dos combustíveis.
Apesar de defender a autonomia da companhia, as últimas declarações de Jair Bolspnaro foram interpretadas pelos investidores como uma tentativa de interferir na estatal, assim como na sua política de preços.
A pressão do Presidente brasileiro sobre a Petrobras pesou ainda sobre a bolsa de São Paulo, que perdeu 0,64% após a forte queda das ações da empresa estatal de petróleo.
Nesse sentido, os títulos ordinários e preferenciais da Petrobras lideraram as perdas da sessão, com quedas de 7,92% e 6,63%, respetivamente.
Contudo, para que a substituição na presidência daquela que é a maior empresa do Brasil seja concretizada, a indicação ainda precisa do aval do Conselho de Administração da Petrobras, que se reunirá na próxima terça-feira, mas cujo teor do encontro não foi revelado.
Segundo a imprensa brasileira, Joaquim Silva e Luna, general da reserva do Exército, foi o primeiro militar a exercer o cargo de ministro da Defesa, no Governo do ex-presidente Michel Temer. Já em 2019 assumiu a presidência da parte brasileira da central hidroelétrica de Itaipu, experiência tida em consideração ao ser nomeado para presidir uma das maiores petrolíferas do mundo.
O general possui pós-graduação em Política, Estratégia e Alta Administração do Exército pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. Também é pós-graduado, pela Universidade de Brasília, em Projetos e Análise de Sistemas.
Já a indicação de Roberto Castello Branco para liderar a Petrobras foi feita ainda em 2018, durante a transição de Governo de Temer para o de Bolsonaro.
Roberto Castello Branco, com pós-doutoramento pela Universidade de Chicago, é ex-diretor do Banco Central e da Vale, uma das maiores empresas do setor mineiro do mundo. Entre 2015 e 2016, durante o governo da ex-Presidente Dilma Rousseff, foi também membro do conselho de administração da Petrobras.
Foi também professor no Centro de Estudos em Crescimento e Desenvolvimento Económico da Fundação Getúlio Vargas.
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