Trabalhos pode demorar vários dias. Corpos "foram muito prejudicados" pela colisão e pelo incêndio.
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Até às 8h00 deste sábado (12h00 em Lisboa) as equipas de resgate formadas por bombeiros e agentes da Proteção Civil do estado brasileiro de São Paulo só tinham conseguido retirar dos destroços do avião que caiu ao início da tarde de sexta-feira na cidade de Vinhedo, a 70 km da capital paulista, 12 das 62 vítimas fatais confirmadas.
De acordo com o capitão dos bombeiros Maicon Cristo, o estado em que os corpos ficaram após a tragédia obrigam a um trabalho muito delicado e demorado por parte da equipa de resgate, e a previsão é que a remoção de todas as vítimas, incluindo uma portuguesa, só seja concluída este domingo ou até na segunda-feira.
De acordo com o oficial, os corpos "foram muito prejudicados" pela violência da colisão da aeronave com o solo e pelo intenso incêndio que se seguiu à queda.
Os bombeiros iniciaram o resgate pela cabine dos pilotos, na parte da frente do que sobrou da aeronave, um bi-motor ATR 72-500 da companhia aérea regional "Voepass" (antiga Passaredo), e estavam a seguir em direção à cauda lentamente, dado o estado de fragmentação.
Ainda segundo o porta-voz dos bombeiros, que no Brasil são um braço da Polícia Militar de cada estado, os soldados não pararam um só minuto desde o acidente, que ocorreu às 13h21 locais de sexta-feira, tendo mantido o esforço de resgate das vítimas mesmo durante toda a madrugada com o auxílio de luz artificial.
Mas, frisou, a partir de agora o trabalho vai ficar ainda mais difícil e complexo porque os Bombeiros estão a chegar ao meio da aeronave, e daí para trás é onde tudo foi mais devastado tanto pelo brutal impacto quanto pelas chamas que tomaram rapidamente conta de tudo.
Familiares dos 57 passageiros e dos quatro tripulantes já começaram a chegar à cidade de São Paulo, a 70 km de Vinhedo, onde a aeronave caiu, e vão ser divididos em dois grupos e instalados em hotéis das duas cidades oferecidos pelo governo paulista.
Parte dos familiares ficará em São Paulo, para onde os corpos serão levados para a realização do trabalho de autópsia e identificação, para fornecerem fotografias, informações, laudos ou imagens de exames médicos e odontológicos que ajudem a identificar as pessoas que perderam, e a outra parte será levada para Vinhedo, para, se assim quiser, acompanhar mais de perto o resgate.
Uma força conjunta de médicos e técnicos legistas foi montada no IML, Instituto de Medicina Legal de São Paulo, para receber e identificar os corpos, num outro esforço que também não tem prazo para terminar. Fontes dos Bombeiros e da Proteção Civil que estão em Vinhedo avançaram que a maioria das vítimas só poderá ser identificada através de exames de ADN.
O avião da "Voepass" saiu da cidade de Cascavel, no estado do Paraná, rumo ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, um percurso de pouco mais de 945 km, e caiu na área rural de Vinhedo, a 70 km ou menos de 20 minutos do destino, por motivos ainda desconhecidos.
O ATR, construído há 14 anos na França e que operava no Brasil há somente dois anos, fazia um voo absolutamente tranquilo quando de repente, ao passar sobre Vinhedo, fez uma curva brusca, caiu em rodopios em alta velocidade quase quatro quilómetros em apenas um minuto e despenhou-se num relvado de lazer dentro de um condomínio de casas de campo no bairro Canela, a um km do centro da cidade, por muito pouco não atingindo em cheio imóveis em redor que estavam habitados e cujos moradores fugiram em pânico ao perceberem que a aeronave ia despenhar-se.
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