<p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt"><span style="line-height: 115%; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 9pt">Advogado de acusação vai interpor recurso para aumento da pena de prisão.</span>
A justiça da cidade brasileira do Rio de Janeiro condenou a 41 anos e cinco meses de prisão cada um o polícia Harrison Pragana da Trindade, de 34 anos, e o namorado dele, o “Pai de Santo” Damião Eli da Conceição Gomes, de 37, os dois homossexuais que em Junho de 2011 abusaram e assassinaram com requintes de crueldade a portuguesa Rosa da Cunha Viana, de 79 anos. A informação foi adiantada ao Correio da Manhã pelo advogado brasileiro que representa a família da vítima, Carlos Viana, e cuja atuação no julgamento como assistente de acusação contribuiu para a pesada sentença, que, no entanto, ele não considera suficiente.
“Vou reunir-me com os outros advogados do escritório e com os demais membros da acusação e vou propor que avancemos com um recurso para aumento da pena. Acho 41 anos muito pouco para um crime deste tipo, no qual a vítima foi tão brutalizada e submetida a tantas humilhações e sofrimento antes da morte.”-Afirmou Carlos Viana em entrevista ao nosso jornal no Brasil, exclarecendo:“Pela lei brasileira, eles (os assassinos agora condenados) podem pedir progressão de pena, ou seja, a mudança do regime fechado para o regime semi-aberto, que lhes permite sairem da prisão durante o dia e só voltarem para dormir, após cumprirem dois quintos da sentença. Por isso, quanto maior for a pena, mais tempo eles ficarão efectivamente presos.”
Na sentença, proferida na passada quarta-feira, 27, no Rio de Janeiro, o juíz Alberto Salomão Júnior condenou Harrison e Damião por três crimes. Os dois foram considerados culpados pelos crimes de “extorsão com resultado morte”, “estupro (violação) de vulnerável”, pois Rosa, pela idade e por ter sido dopada, não teve qualquer probalidade de se defender, e “ocultação de cadáver.”
Os dois condenados, presos em Dezembro de 2011, não tiveram direito a recorrer em liberdade. O magistrado determinou que eles continuem presos enquanto a justiça avalia um eventual recurso da defesa, que já indicou que vai realmente recorrer, por ter considerado a sentença muito elevada.
O CRIME
Rosa da Cunha Viana vivia no Rio de Janeiro há 11 anos quando foi tão cruelmente assassinada. Ela tinha vários apartamentos na capital carioca e isso despertou a cobiça de Harrison e de Damião, que se dizia “Pai de Santo” e se aproximou da portuguesa oferecendo ajuda espiritual e não favores sexuais, como na altura foi divulgado, segundo Carlos Viana de forma errónea.
“A informação de que Dona Rosa pagava ao Damião e ao Harrison por favores sexuais foi colocada equivocadamente nas notícias que sairam na época.”-Garantiu ao “CM” o advogado, acrescentando:“Na verdade, a Dona Rosa contratou o Damião para lhe dar apoio espiritual, pois ele, que é afro-descendente, dizia-se “Pai de Santo” de uma religião de origem africana. Nunca houve qualquer envolvimento sexual entre ele ou o Harrison e a Dona Rosa.”
De acordo com a investigação realizada pela Polícia Civil (Judiciária) do Rio de Janeiro, no dia 8 de Junho de 2011 a idosa portuguesa foi atraída ao apartamento de Harrison, em Fátima, centro da capital carioca, e foi forçada a ingerir um medicamento que a deixou semi-inconsciente. Depois, os dois condenados obrigaram-na a entregar os cartões bancários e de crédito e a fornecer, sob muita violência, as respectivas senhas. A brutalidade foi tanta que, descreve Carlos Viana, o rosto de Dona Rosa ficou desfigurado pelas pancadas.
Ainda de acordo com os autos e com a sentença, Harrison e Damião, na posse dos cartões bancários, fizeram diversos saques nas contas da vítima. Eles usaram ainda os cartões de crédito para realizarem inúmeras compras pela cidade.
ABUSO E SELVAJARIA
Ainda de acordo com a investigação, ao regressarem ao apartamento onde tinham deixado Dona Rosa já gravemente ferida, Harrison e Damião voltaram a agredí-la violentamente por pura selvajaria. Em seguida, para coroarem as humilhações e a crueldade a que já tinham submetido a vítima, introduziram um objecto contundente na vagina de Dona Rosa, provocando ferimentos graves na região genital da senhora.
Mais tarde, após a troca de turno dos funcionários do edifício em que o crime ocorreu, os dois assassinos envolveram o corpo da idosa em lençõis, amarraram-no com cordas e colocaram-no no porta-bagagens do carro de Harrison, uma “Meriva”. Depois, já no final da noite, abandonaram o corpo de Dona Rosa sobre os trilhos dos carros eléctricos num ponto ermo entre os bairros da Lapa e de Santa Teresa.
Harrison e o namorado Damião pensaram ter cometido o crime perfeito e que ficariam impunes, mas câmaras de vídeovigilância registaram a passagem do carro usado pelos criminosos e a presença deles perto do local onde o corpo foi encontrado. A investigação levou a polícia até eles e os dois foram presos meses depois. (FIM).
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