A edição de hoje
Processo vai ser gradual e o cessar efetivo das importações terá de ser feito até janeiro de 2028.
Os países membros da União Europeia vão avançar com um projeto lei para cortar, de forma permanente, o fornecimento de gás russo para a Hungria e Eslováquia. O processo para o corte completo de importações de gás russo vai ser gradual e o cessar efetivo das importações terá de ser feito até janeiro de 2028, avança o Politico.
O enfraquecimento do fornecimento de energia de Moscovo tem vindo a ser discutido desde 2022 no âmbito da invasão russa à Ucrânia, com a Hungria e Eslováquia a não integrarem os países que concordavam com o corte. Os governos de ambos os países alegam que o corte absoluto de gás a Moscovo vai resultar numa "descontrolada e repentina subida dos preços da energia nos dois países", avança o jornal.
O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, já havia prometido bloquear o 19.º pacote de sanções da União Europeia contra a Rússia, caso Bruxelas alargasse a proibição de importação de gás russo à Eslováquia.
A UE estabeleceu como objetivo acabar com todas as importações de GNL russo até ao final de 2026, uma antecipação face ao anterior objetivo de 2027.
Em 2024, Portugal importou cerca de 49.141 GWh (gigawatt-hora) de gás natural, dos quais aproximadamente 96% eram GNL. Do total do GNL, cerca de 4,4% teve origem na Rússia.
Além disso, a quota russa nas importações de GNL em Portugal caiu de cerca de 15% em 2021 para 5% em 2024. Na quinta-feira, o Parlamento Europeu pediu inclusive que a União Europeia deixe de importar gás natural liquefeito da Rússia a partir de 01 de janeiro de 2026.
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