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Cabo Verde com 56 casos de malária desde janeiro

Governante Jorge Figueiredo confirmou que dos 56 casos, 23 são importados.

09 de outubro de 2025 às 19:59

Cabo Verde regista 56 casos de malária, desde janeiro, quase o dobro dos 31 contabilizados até setembro, disse esta quinta-feira o ministro da Saúde ao anunciar um reforço das estratégias de vigilância e prevenção para travar a propagação da doença.

"Temos um total de 56 casos [de malária, sendo] 46 na cidade da Praia. Apareceu um caso na ilha do Sal e estamos a estudar a origem efetiva", afirmou Jorge Figueiredo, à margem de um evento na capital cabo-verdiana.

O governante explicou que dos 56 casos, 23 são importados.

"Os casos importados, ao entrarem no país, criam condições para a transmissão local da doença. Por isso, é necessário analisar cuidadosamente cada situação e classificá-los para identificar quais são autóctones", referiu, apelando a uma maior responsabilidade de todos no combate eficaz à malária.

"O que estamos a fazer é reforçar estratégias para evitar o desencadear do paludismo e das epidemias que possam afectar de forma grave a saúde da população", reiterou.

Em setembro, a representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Cabo Verde defendeu a criação de um "projeto de vigilância" para prevenir a propagação da malária, numa altura em que o país contabilizava 31 casos desde janeiro, alertando para o risco de perda do estatuto de país livre da doença.

A responsável voltou a alertar que Cabo Verde "está em perigo" de perder a certificação de país livre de malária, obtida em 2024, caso se registem pelo menos três casos de transmissão local durante três anos consecutivos, o que poderá acontecer em 2026.

As estações das chuvas em África são as mais propícias à reprodução dos mosquitos portadores do parasita da malária -- no caso de Cabo Verde, a precipitação ocorre entre julho e outubro.

O Governo declarou em julho uma situação de contingência, por três meses, para permitir o acesso a verbas do fundo de emergência e responder de forma rápida à situação.

O plano de prevenção é contínuo, com agentes de luta vetorial a realizar pulverizações intradomiciliárias e a identificar locais favoráveis à proliferação de mosquitos.

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