Paralisação teve, até agora, impactos "mínimos", segundo o Governo espanhol.
Camionistas espanhóis de pequenas e médias empresas e independentes iniciaram esta segunda-feira uma greve por tempo indeterminado, que não tem o apoio das maiores associações do setor e que, para já, não causou perturbações.
A greve foi convocada pela Plataforma de Defesa dos Transportes Rodoviários, que representa transportadores independentes ou de pequenas e médias empresas, e que organizou em março passado uma paralisação de 20 dias com impactos nas cadeias de abastecimento de diversos setores da economia espanhola.
A plataforma protesta contra o que considera ser "a inação" do Governo espanhol perante o impacto que tem no setor o aumento dos preços e de custos, apesar do acordo alcançado em março entre o executivo e as organizações que representam os camionistas, com o objetivo de garantir que não trabalhariam com perdas.
O acordo traduziu-se em mil milhões de euros em ajudas ao setor, incluindo subsídios para os combustíveis.
Os líderes da plataforma dizem que o Governo espanhol, uma coligação de socialistas com partidos da extrema-esquerda, não cumpriu compromissos assumidos e que os camionistas se sentem "enganados e roubados por todos os lados", segundo um comunicado.
A plataforma diz que as empresas "carregadoras" de mercadorias (as clientes dos transportadores) não estão a cumprir a legislação entretanto adotada pelo Governo espanhol, na sequência do acordo de março, e que os camionistas continuam, em muitos casos, a trabalhar com perdas.
Na semana passada, após uma reunião com os representantes da plataforma, o Ministério dos Transportes comprometeu-se a reforçar as inspeções e a adotar novas regras de fiscalização em 2023.
A plataforma pediu que estes anúncios fossem colocados por escrito, num acordo a ser assinado até à meia-noite passada, o que não aconteceu e daí a greve.
Em março, a greve convocada por esta plataforma acabou por ser apoiada e seguida por outras associações de camionistas e transportadoras, o que não acontece desta vez.
A greve arrancou à meia-noite e durante a manhã houve concentrações de camionistas em algumas cidades espanholas, como aconteceu em Madrid, onde cerca de 1.500 pessoas, segundo a polícia, se concentraram no centro da cidade e caminharam até ao Ministério dos Transportes.
A paralisação teve, até agora, impactos "mínimos", segundo o Governo espanhol, e centros logísticos e cadeias de distribuição garantiram aos meios de comunicação que tudo está a funcionar com normalidade.
Também não há registo de perturbações associadas às concentrações e manifestações, tendo sido também canceladas algumas das que estavam inicialmente previstas.
A ministra dos Transportes de Espanha, Raquel Sánchez, disse esta segunda-feira que esta greve não tem justificação e que "nenhuma reivindicação pode ter como preço prejudicar gravemente os interesses dos outros setores económicos e o conjunto da sociedade".
Raquel Sánchez ressalvou que os camionistas têm "total e absoluto" direito ao protesto, mas sublinhou que o Governo "respondeu e satisfez numerosas reivindicações históricas dos transportadores", apelou "à responsabilidade" e manifestou abertura para dialogar.
A greve desta segunda-feira iniciada coincide com a época do ano com maior volume de vendas em Espanha, por causa das promoções da designada 'black friday' e a época do Natal.
Em declarações as jornalistas na manifestação de Madrid, o porta-voz da plataforma, Manuel Hernández, afirmou que os camionistas não querem desta vez fazer greve durante um período tão longo como o de março, mas não avançou com um cenário para a desmobilização.
Em março, a greve e os protestos dos camionistas em Espanha causaram problemas de abastecimento e levaram à detenção de dezenas de pessoas pelo envolvimento em diversos incidentes.
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