A edição de hoje
O cardeal australiano foi em tempos o ‘número três’ do Vaticano e conselheiro próximo do Papa Francisco.
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O cardeal australiano George Pell, ‘número três’ do Vaticano e conselheiro próximo do Papa Francisco, foi considerado culpado de abuso sexual contra dois adolescentes de 13 anos quando era arcebispo de Melbourne, nos anos 90. Um tribunal australiano condenou-o esta terça-feira a seis anos de prisão.
Pell, de 77 anos, torna-se o sacerdote católico mais graduado do mundo a ser condenado por crimes sexuais infantis. Ficará registado como agressor sexual de forma vitalícia.
O juiz estabeleceu que Pell só poderá pedir liberdade condicional após três anos e oito meses de pena cumprida.
O antigo conselheiro do Papa Francisco foi condenado por cinco crimes de abuso sexual de menores em dezembro, mas a decisão foi mantida em segredo até fevereiro para não influenciar um segundo julgamento em que era acusado de outros abusos cometidos nos anos 70, e que acabou por ser anulado por falta de provas.
Os jurados consideraram provado que Pell abusou de dois meninos do coro em 1996 e 1997.
Os primeiros abusos ocorreram após uma missa na Catedral de St. Patrick, em Melbourne, quando Pell apanhou os dois menores a beberem vinho da eucaristia na sacristia e, como "castigo", obrigou-os a fazerem-lhe sexo oral.
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