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China sanciona mais de 11.000 contas nas redes sociais por uso indevido de IA

Segundo as autoridades, estas ações constituem falsificação de informação e "prejudicam gravemente o ecossistema digital".

14 de novembro de 2025 às 14:21

A China sancionou mais de 11.000 contas nas redes sociais por utilizarem ferramentas de Inteligência Artificial (IA) para substituir celebridades em vídeos e transmissões com fins publicitários, informou hoje o regulador chinês.

A Administração do Ciberespaço da China (CAC, sigla em inglês) revelou que alguns perfis utilizaram ferramentas de IA para recriar a imagem de figuras públicas em transmissões ao vivo, vídeos curtos e outros formatos, com o objetivo de divulgar mensagens comerciais que poderiam ser interpretadas como autênticas.

Segundo as autoridades, estas ações constituem falsificação de informação e "prejudicam gravemente o ecossistema digital".

Em comunicado, a CAC menciona exemplos de conteúdos eliminados, como imitações de celebridades difundidas ao vivo para promover produtos, que acumularam um número significativo de interações antes de serem retiradas.

O regulador explica que durante a operação desenvolvida nas últimas semanas, as plataformas eliminaram mais de 8.700 publicações consideradas irregulares e agiram contra mais de 11.000 contas que usavam a aparência de personalidades conhecidas sem autorização.

Nos últimos meses, os reguladores chineses realizaram várias campanhas para identificar o "uso indevido" de IA, um setor em grande desenvolvimento na China nos últimos meses.

Em julho de 2023, o 'gigante' asiático aprovou uma regulamentação provisória para regular os serviços de IA generativa semelhantes do ChatGPT, que estarão sujeitos às "regulamentações vigentes em matéria de segurança da informação, proteção de dados pessoais, propriedade intelectual e progresso científico e tecnológico".

No ano passado, o Ministério da Ciência e Tecnologia da China emitiu diretrizes que proíbem o uso de IA generativa para a criação direta de declarações em documentos de investigações científicas.

Várias empresas de tecnologia chinesas, como a Baidu ou a Alibaba, apresentaram nos últimos meses serviços baseados em IA, embora tenham surgido dúvidas sobre a aplicação deste tipo de tecnologia no país asiático devido à forte restrição imposta pelas autoridades.

A China exerce um dos controlos mais rigorosos sobre o ciberespaço a nível mundial, com plataforma populares como a Google, Facebook e X bloqueadas há vários anos.

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