19 pessoas continuam desaparecidas. Avenidas importantes estão há dias debaixo de água.
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O estado brasileiro de Minas Gerais decretou esta segunda-feira "Estado de Emergência" em 101 cidades, depois das chuvas torrenciais que se abateram sobre a região desde a passada quinta-feira e que já fizeram, pelo menos, 45 mortos. Todas as mortes ocorreram em apenas três dias de temporal, de sexta a domingo, principalmente na capital do estado, Belo Horizonte, e cidades da região metropolitana. Os números podem subir, pois a previsão é de continuação do mau tempo.
Além das vítimas mortais confirmadas até ao amanhecer desta segunda-feira, a Proteção Civil avança ainda com 19 pessoas desaparecidas, que podem também já estar mortas ou isoladas em alguma das várias áreas a que as equipas de resgate ainda não conseguiram ter acesso. O número de pessoas desalojadas no estado já supera as 16 mil, ainda de acordo com os últimos dados fornecidos pela Proteção Civil. Em Belo Horizonte e cidades limítrofes, onde os alagamentos se sucedem a cada período de chuvas, vários bairros continuavam esta segunda-feira isolados pelo excesso de chuvas e pela subida dos rios que cortam a cidade. Avenidas importantes estão há dias debaixo de água, completamente intransitáveis, paralisando o já de si normalmente congestionado trânsito da cidade, que tem três milhões de habitantes.
Em alguns casos, tanto em Belo Horizonte como nas cidades vizinhas, os rios subiram mais de 10 metros acima dos seus leitos normais, galgaram ruas e avenidas, arrastando carros e pessoas e submergindo até casas de dois andares. Em cidades do interior, também afectadas, muitas edificações não resistiram e colapsaram. O número de vítimas mortais foi aumentou devido a deslizamentos de encostas, que soterraram casas com pessoas lá dentro.
De acordo com informações do Inmet, o Instituto Nacional de Meteorologia, de quinta-feira a domingo choveu em Belo Horizonte e na região metropolitana 52% do que era previsto para todo o ano de 2020, e o época das chuvas só agora começou. Houve dias em que choveu na região mais de 220 mm, o que, na prática, significa 220 litros de água por metro quadrado.
A continuação das fortes chuvas dificulta a chegada das equipas de socorro a pontos ainda isolados, razão pela qual não é possível avaliar ainda em definitivo o número de vítimas e a total dimensão dos estragos. A pedido do governo regional de Minas Gerais, o governo central prometeu ajudar financeiramente a região, mas ainda não se sabe com quanto nem quando.
Para tentar minimizar o drama das populações mais afectadas, a Protecção Civil iniciou uma campanha de angariação de doações de produtos como garrafas de água mineral, produtos de limpeza e higiene pessoal, fraldas, roupas, principalmente íntimas, e alimentos não perecíveis. Nos locais onde não for possível chegar por terra nem por ar, devido à instabilidade do terreno para aterragens de helicóptero, serão lançadas do ar doações por aeronaves o mais perto possível das pessoas isoladas.
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