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Colégio Eleitoral sela vitória de Joe Biden nas eleições dos EUA

Delegados resistem aos apelos de Trump e confirmam eleição do democrata.

15 de dezembro de 2020 às 08:38

O Colégio Eleitoral dos EUA confirmou esta segunda-feira a vitória de Joe Biden nas presidenciais de novembro, desferindo um golpe fatal nas esperanças de Donald Trump e dos seus apoiantes de ainda conseguirem inverter o resultado.

Durante semanas, Trump tentou convencer os estados republicanos onde Biden ganhou a nomearem eleitores alternativos para, na prática, ignorarem os resultados das urnas e votarem a seu favor no Colégio Eleitoral, mas isso não aconteceu. Um por um, Geórgia, Nevada, Pensilvânia, Wisconsin, Arizona e Michigan, os estados onde Trump contestou os resultados e tentou em vão anular nos tribunais a vitória de Biden, confirmaram o democrata como vencedor. Não houve um único ‘eleitor infiel’, o nome por que são conhecidos os delegados que votam noutro candidato que não o vencedor designado do seu estado. Em 2016 tinha havido sete ‘eleitores infiéis’, insuficientes para alterar o resultado final mas, mesmo assim, um recorde nos últimos anos.

As falsas alegações de fraude de Trump e a pressão que fez sobre as autoridades eleitorais levaram a que a votação do Colégio Eleitoral, normalmente uma mera formalidade burocrática, tivesse este ano um mediatismo sem precedentes, com várias televisões a transmitirem em direto a votação, numa emissão que se prolongou por mais de oito horas.

Com a rejeição dos tribunais e a confirmação da vitória de Biden pelo Colégio Eleitoral, o caminho de Trump para inverter os resultados fica praticamente fechado. Resta-lhe apenas uma última oportunidade, que é convencer o Congresso a não certificar os resultados, a 6 de janeiro. Para isso precisa, no entanto, da aprovação das duas câmaras do Congresso, o que parece, à partida, impossível uma vez que os democrata têm maioria na Câmara dos Representantes.

Nova derrota nos tribunais

O Supremo Tribunal do Wisconsin rejeitou esta segunda-feira o processo apresentado pela campanha de Donald Trump para contestar os resultados das presidenciais naquele estado, em mais um revés judicial para o presidente cessante. Trump tinha pedido a anulação de 221 mil votos.

Urnas abrem na Geórgia

Os eleitores da Geórgia começaram esta segunda-feira a votar de forma presencial na segunda volta das eleições para os dois lugares em aberto no Senado, que vão decidir se republicanos ou democratas têm a maioria naquela câmara.

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