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Artigo exclusivo
País, que registou 22 mil casos e 909 mortes desde o início da pandemia, entrou em 2021 sem qualquer contágio comunitário.
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19 de março de 2020, menos de três meses depois de ter sido detetado o primeiro caso de Covid-19 na Austrália, num passageiro, oriundo de Wuhan, que viajava num avião entre Guangdong, na China, e Melbourne, o ‘Ruby Princess’ atracou em Sydney. Ao navio de cruzeiro foi dada a autorização de desembarque e 2700 passageiros, quando uma centena deles já apresentava sintomas, chegaram a terra - pelo menos 900 testariam posteriormente positivo para o Sars-CoV-2, e 28 destes acabariam por morrer. Hoje em dia estima-se que o ‘Ruby Princess’ tenha sido responsável por 700 contágios na comunidade e 22 óbitos. Logo nesse mês de março, ainda antes da proibição total dessa atividade económica, estabeleceu-se que todos os cruzeiros deviam obedecer a uma quarentena de 14 dias e, em setembro, um inquérito responsabilizou as autoridades sanitárias de Nova Gales do Sul, que tinham classificado a excursão náutica de "baixo risco". A atividade dos cruzeiros - particularmente os domésticos – esteve para ser retomada no fim de dezembro, mas o Governo australiano entendeu que mais valia adiá-la até ao próximo mês de março, apesar da pressão dos lóbis do setor. A Austrália, que entrou em 2021 sem nenhum contágio comunitário e sete casos importados, é um país enorme, o sexto do Mundo em área, localizado no Hemisfério Sul, uma monarquia constitucional, membro da Commonwealth, onde reina Isabel II e manda, desde as eleições de 2018, o Partido Liberal de Scott Morrison na federação de 12 estados que impuseram, por causa da pandemia, restrições draconianas de circulação entre si.
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