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Companhias aéreas, como a TAP, que suspenderam voos para a Venezuela podem perder direitos

IATA emitiu uma ordem para as companhias retomarem os voos num prazo máximo de 48 horas.

25 de novembro de 2025 às 18:11

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), que engloba 300 companhias aéreas mundiais, esclareceu que as transportadoras que suspenderam os seus voos para a Venezuela, como a TAP, podem perder os seus direitos de tráfego no país.

Questionada pela agência EFE, a IATA lembrou que as companhias aéreas receberam uma advertência do Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC) venezuelano, com uma ordem para retomar os voos num prazo máximo de 48 horas, sendo que esta ordem "afeta principalmente as companhias que já haviam anunciado a suspensão temporária", indicou.

Entre as companhias que suspenderam os seus voos, depois de os EUA terem instado a "extrema precaução" ao sobrevoar o território venezuelano e o sul das Caraíbas, encontram-se as espanholas Iberia, Air Europa e Plus Ultra, bem como a TAP, Avianca, Latam, Turkish Airlines e GOL, todas elas membros da IATA.

"Salientamos que as companhias aéreas membros mantêm o compromisso de restabelecer as operações assim que as condições o permitirem", afirmou um porta-voz associação.

Na véspera, a IATA alertou as autoridades venezuelanas que a ordem dada às companhias aéreas poderia reduzir ainda mais a conectividade com o país, que já é baixa em comparação com outros da região.

A associação enfatizou que as suspensões de voos são "medidas temporárias, adotadas após rigorosas análises de risco para garantir a segurança dos passageiros, tripulações e aeronaves".

A TAP anunciou o cancelamento dos voos de sábado e de hoje para a Venezuela, na sequência da informação das autoridades aeronáuticas dos Estados Unidos sobre a situação de segurança no espaço aéreo do país, indicou a empresa.

Numa nota enviada à agência Lusa, no sábado, a TAP explica que a decisão "decorre de informação emitida pelas autoridades aeronáuticas dos Estados Unidos da América, que indica não estarem garantidas as condições de segurança no espaço aéreo venezuelano, nomeadamente na zona de informação de voo Maquetia".

Desde agosto, que Washington mantém uma importante presença militar na zona, com destaque para meia dúzia de navios de guerra, oficialmente para combater o tráfico de droga com destino aos Estados Unidos.

Nas últimas semanas, os Estados Unidos realizaram cerca de 20 ataques aéreos nas Caraíbas e no Pacífico contra embarcações que acusam - sem apresentar provas - de transportar droga, causando um total de 76 vítimas.

A Venezuela acusa Washington de usar o pretexto do narcotráfico "para impor uma mudança de regime" em Caracas e apoderar-se do seu petróleo. 

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