No mais recente boletim diário da evolução da doença, além do acumulado de 17 positivos, é referido que há 26 casos em isolamento.
As autoridades de saúde moçambicanas confirmaram este domingo mais quatro casos positivos de mpox nas últimas 24 horas, elevando o total para 17, todos na província de Niassa, no norte de país, além de 96 suspeitos.
No mais recente boletim diário da evolução da doença, divulgado pela Direção Nacional de Saúde Pública e com dados de 11 a 26 de julho, além do acumulado de 17 positivos, é referido que há 26 casos em isolamento.
Os quatro novos casos, registados nas últimas 24 horas, foram confirmados igualmente no distrito de Lago, Niassa, e houve registo de nove novos suspeitos no mesmo período - incluindo um em Maputo e os restantes no Niassa -, além de 63 contactos em seguimento pelas autoridades de saúde.
O boletim indica que não há registo de óbitos neste surto de mpox em Moçambique.
As autoridades sanitárias garantiram que Moçambique está preparado para lidar com o mpox, com capacidade para 4.000 testes, feitos localmente, tendo já usado mais de 80 neste surto.
"Temos capacidade boa para poder fazermos a testagem. A questão de testagem, pelo menos para o nosso país, está garantida", disse à Lusa o coordenador do Centro Operativo de Emergências em Saúde Pública (COESP), Filipe Murimirgua.
O atual surto de mpox (monkeypox) localiza-se em Lago, província do Niassa, junto ao Malaui e à Tanzânia, com 17 casos confirmados, todos em situação estável.
"Tratando-se de uma doença infetocontagiosa, há sempre um risco de alastramento, razão pela qual todas as províncias estão em alerta, também já começaram a suspeitar de casos e a testar", disse Murimirgua
O responsável disse reconhecer melhorias nos processos face ao surto de 2022: "O país está melhor organizado, sobretudo a questão de deteção precoce dos casos. [No surto no Niassa] foi possível detetar os casos com a colaboração dos outros países vizinhos, Maláui, por exemplo, que apoiou na identificação e reporte, que foi bastante útil essa colaboração".
A mpox é uma doença viral zoonótica, identificada pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo. No atual surto, na África austral, desde 01 de janeiro já foram notificados 77.458 casos da doença, em 22 países, com 501 óbitos.
O primeiro caso de mpox em Moçambique aconteceu em outubro de 2022, com um doente em Maputo. O coordenador do COESP, órgão da Direção Nacional de Saúde Pública, aponta a capacidade de testagem que agora existe nas províncias, com 4.000 testes disponíveis e mil para análises de reagentes para identificar estirpes de casos positivos, como a grande mudança em três anos.
"Assim que foi declarada a Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional [pela OMS, em agosto de 2024] pela segunda vez, o país investiu na capacidade laboratorial para testar ao nível das províncias também", assumiu Filipe Murimirgua.
Moçambique tem agora capacidade para testar em todas as capitais de província, através dos laboratórios de Saúde Pública: "Há uma capacidade enorme de testagem. Diria que ainda é subutilizada a nossa capacidade. Todos os casos que estão suspeitos são testados e conseguimos dar os resultados em tempo útil".
Garantiu que a Saúde Pública está a fazer um "esforço para poder conter o surto", ainda localizado no distrito de Lago, mas que tudo depende da "colaboração da população", sendo este "um dos desafios". "Se tivermos a colaboração, penso que ainda há condições de contermos o surto naquela região".
No terreno, as autoridades de saúde tentam fazer passar a mensagem, com foco no Niassa.
"Só tem lesões na pele, de vez em quando febre, não está grave para ficar isolado dentro de casa. Então, ele continua a fazer as suas atividades diárias, pese embora que o setor cada vez mais monitora e informa quais são as medidas e os riscos", disse Filipe Murimirgua, garantindo que "tudo está a ser feito" com o apoio das comunidades e dos líderes comunitários.
"Estamos confiantes. Eu penso que temos a capacidade, primeiro a capacidade diagnóstica, também temos a capacidade de isolamento, tanto domiciliário, assim como nas unidades sanitárias, estamos a criar espaços para isolamento dos casos graves, e também temos a componente muito mais de comunicação", concluiu.
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