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Conheça a cronologia da vida de Assange desde a publicação dos primeiros documentos secretos

Fiundador da WikiLeaks foi detido em Londres.

11 de abril de 2019 às 15:37

O australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks acusado de divulgar milhares de documentos secretos, permaneceu asilado quase sete anos na embaixada do Equador em Londres, tendo sido esta quinta-feira detido pela polícia britânica.

Conheça a cronologia dos principais momentos da vida de Assange desde a publicação dos primeiros documentos.

Julho 2010: a imprensa mundial publica 70 mil documentos confidenciais sobre as operações dos aliados internacionais no Afeganistão, a partir de um portal de denúncias e divulgação de informações chamado WikiLeaks e criado por Julian Assange.

Outubro 2010: o portal divulga 400 mil documentos ligados à invasão norte-americana do Iraque e, um mês mais tarde, o conteúdo de cerca de 250 mil telegramas diplomáticos dos Estados Unidos.

18 novembro 2010: A Suécia lança um mandado de detenção europeu contra Julian Assange no âmbito de uma investigação por violação e agressão sexual de duas suecas em agosto de 2010. Assange garante que as duas mulheres deram consentimento.

7 de dezembro de 2010: Assange apresenta-se numa esquadra de Londres e fica detido durante nove dias, seguindo depois para prisão domiciliária em Suffolk (leste de Inglaterra).

16 de dezembro de 2010: Assange recebe liberdade condicional quando os seus apoiantes pagam uma caução de 240 mil libras (cerca de 280 mil euros).

Fevereiro de 2011: Assange perde a cidadania sueca e um tribunal londrino autoriza o pedido de extradição da Suécia. O australiano admite ter medo de ser extraditado para os Estados Unidos e ser condenado à pena de morte devido à publicação de documentos secretos americanos.

19 de junho 2012: Após esgotar todos os recursos judiciais, Assange refugia-se na embaixada do Equador em Londres e pede asilo político. O Equador, presidido por Rafael Correa, concede-lhe o estatuto de refugiado em agosto. O Reino Unido ameaça invadir a embaixada, mas o Governo equatoriano diz que recorrerá ao Tribunal Internacional de Justiça se isso acontecer.

13 de junho de 2012: Assange diz aos jornalistas que não irá deixar a embaixada mesmo que as acusações de violação na Suécia sejam arquivadas porque tem medo de ser extraditado para os Estados Unidos.

Janeiro de 2016: As autoridades equatorianas rejeitam o pedido da justiça sueca de interrogar Assange, indicando que serão os próprios equatorianos a interrogá-lo

Fevereiro de 2016: Um grupo de trabalho da ONU considera Assange vítima de uma "detenção ilegal e arbitrária" e pede à Suécia e ao Reino Unido uma indemnização. Os dois países rejeitam.

17 de janeiro de 2017: Assange diz-se preparado para se entregar aos Estados Unidos com a condição de que os seus direitos sejam garantidos. A sua posição surge com base do caso Chelsea Manning, que foi condenada, em 2013, a 35 anos de prisão por divulgar milhares de documentos confidenciais.

Maio de 2017: A justiça sueca suspende a investigação sobre a alegada violação e agressão sexual. O novo Presidente do Equador, Lenin Moreno, anuncia que o 'hacker' pode manter-se na embaixada do país.

Dezembro de 2017: Quito dá a nacionalidade equatoriana a Assange e pede a Londres que lhe reconheça estatuto diplomático. O Reino Unido recusa.

Janeiro de 2018: O Governo equatoriano anuncia estar a tentar encontrar um mediador para fazer um acordo com Londres sobre a situação "insustentável" de Assange.

Fevereiro de 2018: A justiça britânica mantém o mandado de detenção emitido por Assange ter violado, em 2012, as suas condições de liberdade condicional ao refugiar-se na embaixada do Equador.

28 de março de 2018: Agastada pelas posições que Assange vai divulgando através da rede social Twitter, a embaixada do Equador suspende o seu acesso à Internet, alegando que ele interfere em questões de relações com outros Estados.

9 de agosto de 2018: o Senado norte-americano pede para ouvir Assange no âmbito da investigação sobre a alegada interferência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016.

19 de outubro de 2018: Assange acusa o Equador de violar a sua liberdade e direitos fundamentais depois de Quito lhe ter imposto um protocolo que obriga ao registo das suas visitas, das suas comunicações e mesmo da sua higiene, avisando que o não cumprimento das normas implica "o fim do asilo".

16 de novembro de 2018: O Departamento de Justiça dos Estados Unidos refere inadvertidamente o nome de Julian Assange num documento judicial, o que levanta dúvidas sobre uma eventual acusação secreta.

23 de janeiro de 2019: Os advogados de Assange anunciam estarem a tomar medidas para que a administração do Presidente Trump revele as "acusações secretas".

5 de abril de 2019: O chefe de Estado do Equador diz que Assange "reiterou violações" ao acordo sobre as condições do asilo e começam a ser divulgadas notícias contraditórias sobre a sua expulsão da embaixada.

11 de abril de 2019: Assange é detido na embaixada do Equador em Londres pela polícia britânica.

A WikiLeaks acusa o Equador de ter posto fim "ilegalmente" ao asilo e de ter "convidado" a polícia britânica a entrar na embaixada.

O Presidente equatoriano garante que agiu "de forma soberana".

A Suécia anuncia que vai reabrir a investigação sobre as alegadas violações.

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