Em causa estão novas preocupações sobre coágulos sanguíneos incomuns relatados por aqueles que receberam as injeções.
As autoridades sanitárias alemãs decidiram hoje restringir o uso da vacina contra o coronavírus da AstraZeneca em pessoas com menos de 60 anos, entre novas preocupações sobre coágulos sanguíneos incomuns relatados por aqueles que receberam as injeções.
O Ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, e as 16 autoridades federais da Alemanha concordaram por unanimidade em dar a vacina apenas a pessoas com 60 anos ou mais, a menos que pertençam a uma categoria de alto risco para doença grave de covid-19 e tenham concordado com o seu médico em tomar a vacina, apesar do risco de um efeito colateral sério.
A medida segue as recomendações do painel independente de especialistas em vacinas da Alemanha e ocorre depois de o regulador médico do país ter divulgado novos dados em que se demonstra que foram detetados 31 coágulos sanguíneos incomuns, incluindo nove mortes.
Os 31 casos foram relatados segunda-feira depois de terem sido administradas na Alemanha cerca de 2,7 milhões de doses de AstraZeneca.
A reunião, que contou com a presença da chanceler alemã, Angela Merkel, foi convocada após as autoridades sanitárias da cidade-Estado de Berlim, bem como as de Munique e Brandeburgo, o Estado que circunda a capital germânica, terem anunciado anunciaram a suspensão da vacina AstraZeneca para menores de 60 anos.
As restrições ocorrem quando a Alemanha, tal como outros países europeus, está a lutar para aumentar o seu programa de vacinação, que está muito aquém dos do Reino Unido e dos Estados Unidos.
Segunda-feira, cerca de 13,2 milhões de pessoas no país haviam recebido pelo menos uma dose da vacina, enquanto quase 4 milhões haviam recebido as duas vacinas.
O uso da vacina AstraZeneca foi temporariamente interrompido em vários países europeus no início deste mês devido a preocupações com os raros coágulos sanguíneos.
Após uma revisão feita por especialistas da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), a maioria dos países da União Europeia (UE), incluindo a Alemanha, retomou o uso da vacina a 19 deste mês.
Também na segunda-feira, o Canadá suspendeu o uso da vacina da AstraZeneca em pessoas com menos de 55 anos, citando novos dados preocupantes da Europa
"Há uma incerteza substancial sobre o benefício de fornecer as vacinas da AstraZeneca para adultos com menos de 55 anos, dados os riscos potenciais", disse Shelley Deeks, vice-presidente do Comité Consultivo Nacional de Imunização do Canadá.
Deeks acrescentou que as recomendações atualizadas surgem numa altura em que os novos dados na Europa sugerem que o risco de coágulos sanguíneos agora é potencialmente tão alto quanto um em 100.000, muito maior do que o risco de um em um milhão em que se acreditava antes.
Na Alemanha, um dos principais hospitais de Berlim, o Charité, anunciou em comunicado que, embora não tenha havido complicações depois da vacinação com a Astrazeneca, pretendem agir como precaução e aguardar as avaliações finais.
Decisão semelhante foi anunciada pelo grupo de clínicas Vivantes, onde foram vacinados com o soro da farmacêutica anglo-sueca "vários milhares" de seus trabalhadores, segundo a imprensa local.
Segundo o semanário Der Spiegel, o Instituto Paul-Ehrlich, centro de referência em vacinação na Alemanha, informou ter detetado 31 casos de trombose em pessoas que receberam a vacina AstraZeneca, nove dos quais morreram.
Em 19 dos casos foi constatada deficiência de plaquetas no sangue e o instituto apontou que, dos falecidos, dois eram homens, com as idades de 36 e 57 anos.
O instituto acrescentou que todos os outros casos de trombose venosa sinusal envolvem mulheres com idades entre 20 e 63 anos.
Na Alemanha, 3.877.914 pessoas receberam as duas doses de qualquer vacina contra a covid-19, 4,7% da população, e 9.001.925 (10,8%), pelo menos uma.
Nas últimas 24 horas, 123.170 pessoas na Alemanha receberam a primeira dose da vacina e outras 44.522, a segunda.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.792.586 mortos no mundo, resultantes de mais de 127 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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