A edição de hoje
Atentado terrorista visou uma fábrica de químicos. Bombeiro impediu um massacre.
Uma forte explosão seguida de um incêndio lançou ontem o pânico em Saint-Quentin Fallavier, no sudeste de França. Pouco depois, uma cabeça decapitada seria encontrada numa vedação da fábrica de gás da norte-americana Air Products, junto da qual estavam bandeiras com inscrições em árabe. Quatro pessoas foram detidas, entre elas o autor do ataque, Yassine Salhi, conhecido da polícia por ligação a grupos radicais islâmicos.
Um emigrante português que passou junto da fábrica alvo do atentado afirmou-se "impressionado" com o que viu: "Estava uma cabeça presa numa rede. Até pensei que era uma boneca."
Salhi, de 34 anos, casado e pai de três filhos, terá entrado na fábrica pouco antes das dez da manhã, num carro no qual fazia habitualmente entregas de produtos químicos. A explosão aconteceu pouco depois, deixando o carro totalmente destruído. Segundo algumas fontes, o terrorista foi capturado por um bombeiro quando tentava provocar uma nova explosão num armazém de garrafas de acetona.
Desconhece-se quando a vítima foi decapitada, mas sabe- se que é um homem de 45 anos, proprietário da empresa de distribuições que empregava Salhi. Segundo o ‘Le Figaro’, vítima e terrorista entraram na fábrica no mesmo carro. O ‘Dauphiné Libéré’ afirma que Salhi reivindicou o ataque em nome do Estado Islâmico (ISIS).
Além de Salhi, a polícia localizou e prendeu a sua mulher, a irmã e ainda um outro suspeito não identificado.
A polícia procura determinar quais os motivos por detrás da escolha daquela fábrica como alvo. A Air Products é o maior exportador mundial de hélio e tem em França três unidades de produção.
Clique para aceder à rubrica com a opinião de Octávio Ribeiro, diretor do CM, sobre este tema: Terror global
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