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Democratas aprovam artigos de destituição de Trump. Impeachment será votado no Senado

Maioria de 2/3 no Senado poderá demitir o presidente norte-americano.

15 de janeiro de 2020 às 17:10

A Câmara dos Representantes aprovou o envio dos artigos de destituição de Donald Trump que serão votados no Senado, onde uma maioria de 2/3 (improvável pela maioria Republicana na câmara alta do Congresso) poderá demitir o presidente. 

A votação seguiu as linhas partidárias, com a maioria democrata a aprovar a resolução contra os votos republicanos, que se opuseram ao prolongamento do processo de 'impeachment' no Senado.

Com 228 votos a favor e 193 contra, a Câmara de Representantes enviou para julgamento político no Senado os dois artigos para a destituição, acusando Donald Trump de abuso de poder e de obstrução ao Congresso.

O presidente norte-americano será julgado politicamente no Senado, provavelmente já nos próximos dias, no âmbito do processo de destituição em que é acusado de abuso de poder e obstrução ao Congresso, depois de ter pressionado o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, a investigar a família de Joe Biden, eventual adversário político nas eleições presidenciais de novembro próximo.

Para representarem a acusação no julgamento político, os Democratas escolheram esta quarta-feira Adam Schiff, presidente do Comité de Inteligência, e Jerry Nadler, presidente do Comité Judiciário, os dois organismos da Câmara de Representantes que conduziram o inquérito para destituição na sua fase inicial, acompanhados de outros cinco deputados: Zoe Lofgren, da Califórnia; Hakeem Jeffries, de Nova Iorque; Val Demings, da Florida; Jason Crow, do Colorado; e Sylvia Garcia, do Texas.

A Câmara de Representantes aprovou os dois artigos de destituição em 18 de dezembro e vota esta quarta-feira o seu envio para o Senado, com os Democratas a garantirem que a sua maioria aprovará o início do julgamento político.

De seguida, no Senado, onde impera uma maioria Republicana, terão de ser votadas resoluções sobre a presença de novas testemunhas durante a fase de julgamento político, depois de terem sido ouvidas 18 pessoas, durante o inquérito na Câmara de Representantes.

Os Democratas estão a tentar obter o apoio de alguns senadores Republicanos para conseguirem os quatro votos (a maioria Republicana é de 53 senadores contra 47, numa câmara de 100) necessários para convocar novas testemunhas.

Entre elas deverá estar o ex-conselheiro de segurança nacional John Bolton e o chefe de gabinete de Donald Trump, Mick Mulvaney, que os Democratas não conseguiram ouvir nos dois comités da Câmara de Representantes, devido às resistências da Casa Branca.

Contudo, os Republicanos não se deverão opor ao julgamento político e esta quarta-feira, o líder Republicano do Senado, Mitch McConnell disse mesmo que a sua bancada "sente a obrigação de ouvir os argumentos" dos promotores, no julgamento político Donald Trump.

Contudo, há consenso entre os senadores Republicanos de que os Democratas não possuem provas que levem à demissão do presidente, alinhando com a tese de Donald Trump de que tudo não passa de uma "caça às bruxas" destinada a fragilizar a campanha presidencial para a reeleição do presidente.

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