Alfredo Magumisse diz que partido teve a "pior derrota" na história da democracia do país.
O deputado e ex-membro da Comissão Política da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Alfredo Magumisse, responsabilizou esta sexta-feira o líder do atual maior partido da oposição em Moçambique pela "pior derrota" da Renamo, nas eleições gerais de outubro.
"Teve a pior derrota da Renamo na história da democracia em Moçambique", acusou o ex-dirigente, responsabilizando o líder da Renamo, Ossufo Momade, que nas eleições de 9 de outubro foi também candidato a Presidente da República.
A posição de Alfredo Magumisse, que em maio concorreu à liderança da Renamo contra Ossufo Momade, reeleito nesse congresso, surge quando os dados de apuramento intermédio das eleições gerais dão a vitória, ao nível das províncias, à Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), e ao seu candidato presidencial, Daniel Chapo. Estes dados colocam em segundo lugar o partido Podemos, atualmente sem representação no parlamento, e na eleição presidencial, o candidato Venâncio Mondlane (apoiado pelo Podemos).
Questionado pelos jornalistas sobre as condições para Ossufo Momade continuar no cargo, Magumisse disse que o líder da Renamo -- que se mantém em silêncio desde 09 de outubro -- deve fazer uma reflexão.
"Uma boa pergunta, mas difícil de responder. Mas acho que a primeira pessoa que devia assumir isto é ele, como presidente do partido, depois de ver os seus votos, a sua percentagem a nível nacional, e ver a percentagem do partido a nível nacional, fazer uma reflexão profunda se ele dirigiu o partido como devia ser para os objetivos, que era alcançar o poder. Em vez de melhorarmos, piorámos", acusou Magumisse.
Ossufo Momade foi reeleito presidente do partido no congresso de 16 de maio, em Alto Molócue, província da Zambézia, mas o encontro ficou marcado pela proibição de entrada de Venâncio Mondlane, então deputado da Renamo e que pretendia concorrer à liderança do partido. Na sequência, Mondlane saiu da Renamo, deixou as funções de deputado, e concorreu ao cargo de Presidente da República nas eleições gerais de 09 de outubro.
"Se o povo não simpatizou com ele [o manifesto eleitoral da Renamo] e deu-nos o castigo, passar de 61 deputados para cerca de um número na casa dos 20, quem falhou no nosso manifesto? Tem de aparecer aqui alguém que assuma a responsabilidade, os órgãos centrais, nomeadamente o congresso, o presidente, o conselho nacional, o conselho jurisdicional e a comissão política. Têm de aparecer a assumir estes resultados, porque o manifesto da Renamo não foi interpretado pelo povo como devia ser", afirmou Magumisse.
E acrescentou: "O manifesto que a Renamo levou para eleições não foi aquele que resolve os problemas do povo. Se a Renamo levou aquele manifesto, há uma responsabilidade que tem de ser apurada, quem é o responsável pelo manifesto. A nível interno temos que ir a essa reflexão".
A CNE tem 15 dias, após o fecho das urnas, para anunciar os resultados oficiais das eleições, data que se cumpre em 24 de outubro, cabendo depois ao Conselho Constitucional a proclamação dos resultados, depois de concluída a análise, também, de eventuais recursos, mas sem um prazo definido para esse efeito.
As eleições gerais incluíram as sétimas presidenciais - às quais já não concorreu o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite de dois mandatos - em simultâneo com as sétimas legislativas, em que são escolhidos os 250 deputados à Assembleia da República, e as quartas para assembleias e governadores provinciais.
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