A edição de hoje
Marta Rosalía Hermoso apagou todas as redes sociais.
Uma influencer espanhola, Marta Rosalía Hermoso, foi detida por suspeita de roubar, com outros três criminosos, 400 mil euros em relógios, jóias e dinheiro a um empresário mexicano num hotel de luxo, em Madrid.
Quem conhece Hermoso descreve-a como uma mulher “muito seletiva”, que se esforçava para entrar nos círculos mais VIP de Madrid, avança o jornal espanhol El Mundo.
Durante muito tempo, as pessoas próximas da influencer questionavam como é que Marta mantinha o nível de vida elevado, surgindo rumores de que Hermoso trabalharia como acompanhante de luxo.
Um dos outros três detidos, Daniel I, garante que Marta foi a cabeça por detrás do roubo, detalhando que foi a influencer que lhe disse para “subir ao quarto 423, porque estaria lá com um cliente”. Hermoso afirmou ainda que ajudaria Daniel a tirar “os seis relógios e o maço de dinheiro” que o mexicano tinha no cofre do quarto de hotel.
Daniel acrescenta ainda que a influencer, que já tinha sido detida antes, deu detalhes bastante específicos para cometer o roubo. Os criminosos teriam até às 17h00 para completar o furto, porque depois do almoço o empresário iria a um campo de caça.
A descrição da mulher que Daniel fez às autoridades encaixa com a aparência de Hermoso. Depois de ver seis rostos diferentes, o detido reconheceu a mulher “muito atraente”, com lábios e seios postiços, mesmo após a influencer ter pintado o cabelo de castanho.
Marta Hermoso afirmou, numa história do Instagram, que o empresário “é uma pessoa casada e com filhos” com quem mantinha apenas uma relação de amizade. A influencer tinha mais de 107 mil seguidores, antes de apagar todas as redes sociais.
Hermoso garantiu, na mesma publicação, que a mulher que aparece junto à vítima do roubo nas gravações do hotel não é ela. “A maldade das pessoas pode ultrapassar todo o tipo de limites”, a detida quebrou assim o silêncio. “Nunca tive um encontro ou aproximação além da amizade com esta pessoa e tenho todas as provas para o provar”, continuou Hermoso.
O tom foi-se tornando mais severo nos parágrafos seguintes. “A informação difundida a respeito da minha vida pessoal é absolutamente falsa e carece de qualquer fundamento”, alegou Hermoso.
As câmaras de videovigilância do hotel Wellington gravaram os detidos e Marta Hermoso no dia do roubo, que ocorreu em setembro de 2024. Contudo, a defesa da influencer alega que houve um erro na identificação da cliente, que afirma que não esteve no local do crime.
O advogado de Hermoso, Juango Ospina, sublinhou que não duvida da inocência da influencer e está convencido de que tudo será esclarecido. “Há um erro de identificação das mulheres que estiveram no local do crime no dia do roubo e a nossa cliente não esteve lá”, assinalou o advogado.
Ospina realça ainda que a cliente “não conhece nenhuma das três pessoas que aparentemente estiveram envolvidas no roubo”, indicando que esse facto “será comprovado, iniciando ações judiciais por possíveis crimes de falso testemunho ou fraude processual”.
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