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Dilma aprovou negócio ruinoso

Ex-diretor da Petrobras responsabiliza a presidente por aquisição que deu 708 milhões de prejuízo à petrolífera estatal brasileira.

06 de maio de 2015 às 19:04

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, arguido no processo que apura o desvio de 3300 milhões de euros da petrolífera estatal brasileira, responsabilizou diretamente a presidente Dilma Rousseff pela desastrosa aquisição, em 2006, de uma refinaria em Pasadena, nos EUA, que causou à empresa brasileira um prejuízo astronómico. A cumprir prisão domiciliária, Costa é um dos principais arrependidos no processo e fez a acusação num documento entregue ao Tribunal de Contas.

No documento, o antigo diretor afirma que Dilma, na altura presidente do conselho de administração da Petrobras, tinha poder total para vetar a aquisição da refinaria norte-americana, mas aprovou o negócio, apesar das falhas nos relatórios técnicos e jurídicos que o recomendavam. Segundo o Tribunal de Contas, a refinaria foi adquirida pela Petrobras por 27 vezes o valor de mercado, causando à petrolífera um prejuízo de 708 milhões de euros.

O Ministério Público suspeita que a aquisição visou desviar milhões para o esquema de corrupção montado na Petrobras e Costa já reconheceu ter recebido luvas para "não atrapalhar o negócio". Dilma garante que apenas posteriormente deu conta das falhas nos relatórios, o que, no mínimo, parece revelar pouco cuidado na gestão da maior empresa pública brasileira.

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