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Dinamarca eleva nível de segurança nas instalações energéticas após invasão de drones

Nível de segurança foi elevado para laranja, o segundo maior da escala, o que resultará numa maior vigilância e em acessos restritos às infraestruturas energéticas.

30 de setembro de 2025 às 13:57

A Dinamarca elevou o nível de segurança das suas instalações energéticas para evitar sabotagens e ataques híbridos, na sequência de vários sobrevoos de drones não identificados sobre o país escandinavo, anunciou esta terça-feira o ministro da Energia.

"Tememos que, eventualmente, alguém ponha em causa o nosso fornecimento de energia, e um país sem fornecimento de energia é um país que não funciona", explicou o ministro da Energia, Lars Aagaard, em declarações à imprensa.

O nível de segurança foi elevado para laranja, o segundo maior da escala, o que resultará numa maior vigilância e em acessos restritos às infraestruturas energéticas, revelou.

A Dinamarca foi recentemente vítima de um ataque híbrido, tendo-se registado vários sobrevoos de aeroportos --- o de Copenhaga, o maior do norte da Europa, chegou a estar encerrado durante várias horas, e de bases militares por drones de origem não identificada.

Os líderes políticos dinamarqueses têm defendido que a responsabilidade pelas violações do espaço aéreo é da Rússia, tendo a primeira-ministra, Mette Frederiksen, afirmado que "o principal país que representa uma ameaça à segurança europeia é a Rússia", o que este país nega.

O Governo dinamarquês proibiu também voos de drones civis até 03 de outubro para garantir a segurança da cimeira informal da União Europeia, que se realiza em Copenhaga na quarta-feira, enquanto no dia seguinte a capital dinamarquesa acolhe uma reunião da Comunidade Política Europeia.

"A intensificação da vigilância deve-se a mais do que apenas drones a voar. É pela forma como as infraestruturas energéticas são vistas em todo o mundo e a crescente atenção que recebem", adiantou Aagaard.

A última vez que a Dinamarca elevou o nível de segurança das suas instalações energéticas foi em setembro de 2022, após a sabotagem dos gasodutos Nord Stream, que vão da Rússia à Alemanha através do Mar Báltico.

Na altura, foram detetadas quatro fugas nos gasodutos, em águas internacionais perto da ilha de Bornholm, na Dinamarca.

O incidente, que provocou a maior libertação de metano provocada pelo Homem no planeta, foi investigado pelas autoridades dinamarquesas, alemãs e suecas, com a Rússia a argumentar que se tratou de um ato deliberado de terrorismo.

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