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Dinamarca proíbe uso de burqa ou niqab em locais públicos

A Amnistia Internacional já reagiu à aprovação da proposta de lei, afirmando que a medida é uma violação ao direito das mulheres.

31 de maio de 2018 às 13:21

A Dinamarca juntou-se a vários países europeus e proibiu o uso de burqas ou niqabs (cobertura integral do corpo ou véu que tapa a cara, respectivamente) em locais públicos. Segundo a agência Reuters, o parlamento dinamarquês aprovou esta quinta-feira uma proposta de lei com 75 votos a favor e 30 contra.

Quem não cumprir a lei, que entra em vigor a 1 de Agosto deste ano, poderá enfrentar sanções económicas entre os 134 e os 1.343 euros.

"Não é compatível com os valores da sociedade dinamarquesa nem com o respeito pelos outros ocultar a cara quando se está num espaço público. Devemos defender o respeito pelos valores que nos unem", afirmou em Fevereiro - quando a lei foi proposta - o ministro da Justiça da Dinamarca, Soren Pape Poulsen.

A Amnistia Internacional já reagiu à aprovação da proposta de lei, afirmando que a medida é uma violação ao direito das mulheres. "Todas as mulheres devem ser livres de se vestir como quiserem e de usar roupas que expressem a sua identidade e as suas crenças. Esta proibição terá um impacto negativo nas mulheres islâmicas que escolhem usar um niqab ou uma burqa", afirmou o director para a Europa da organização dos direitos humanos, Gauri van Gulik.

"Se a intenção desta lei era proteger os direitos das mulheres falhou de forma ignóbil. A lei criminaliza as mulheres pela sua escolha de vestuário", sublinhou o responsável.

A Dinamarca junta-se assim a países como a Bélgica, França, Bulgária, Holanda e Suíça que já proibiam o uso do véu islâmico.

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