País ameaçado para retirar projeto de regularização de terras que, segundo dizem, pode acelerar o desflorestação da Amazónia.
Quase 40 distribuidores e federações europeias ameaçam boicotar os produtos agrícolas do Brasil, se o país não retirar um projeto de regularização de terras que, segundo dizem, pode acelerar o desflorestação da Amazónia.
Numa carta, redes de supermercados como a alemã Aldi, a britânica Asda, Marks and Spencer, Sainsbury's ou Morrisons e a suíça Migros informaram que estão preocupadas com um projeto de lei que prevê a privatização de terras e "ameaça a Amazónia como nunca antes", que foi alvo de "incêndios florestais e desflorestamento em níveis extremamente elevados no ano passado".
A carta dirigida a parlamentares brasileiros também foi assinada pela rede britânica de 'fast-food' Greggs, federações profissionais e pelas empresas do mercado financeiro Skandia e Legal and General.
O documento assinala que "os objetivos são reduzir os níveis de desflorestamento" e os orçamentos para alcançar isso "são cada vez mais inadequados".
"A Amazónia é uma parte vital do sistema terrestre (...) essencial para a segurança do nosso planeta ao mesmo tempo que representa um elemento vital para um futuro próspero para os brasileiros e toda a sociedade", enfatiza a carta.
Os signatários da carta observam que as "proteções existentes na legislação brasileira têm sido decisivas" para as suas organizações, que acreditam que seus produtos, serviços e investimentos no Brasil "estão em linha" com os seus "compromissos ambientais e sociais".
"Nossa porta permanece aberta para nossos parceiros brasileiros" para conseguirem "um manejo fundiário e uma agricultura sustentáveis" que preservem o desenvolvimento económico e os direitos dos povos indígenas, mas "sem colocar em risco" ecossistemas "essenciais para a saúde do mundo", referem.
Os signatários da carta concluem que se essas medidas de regulação fundiária se tornarem lei, não terão escolha para não reconsiderar o "uso da cadeia produtiva da agricultura brasileira", exortando o Governo brasileiro a "reconsiderar" sobre a proposta legislativa.
A desflorestação destruiu 8.426 quilómetros quadrados da floresta amazónica no Brasil em 2020.
O número de incêndios também aumentou 61% em setembro de 2020 face ao mesmo mês de 2019.
Em janeiro, o cacique Raoni Matuktire, emblemático defensor da floresta amazónica, pediu ao Tribunal Penal Internacional para investigar "crimes contra a humanidade" contra o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, acusado de perseguir povos indígenas destruindo suas terras.
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