Hoje e amanhã decide-se o futuro de Moçambique nas urnas. Nestas terceiras eleições multipartidárias do país, perto de nove milhões de eleitores vão manifestar pelo voto se apostam na continuidade ou se arriscam a alternância. Os observadores internacionais presentes no terreno não lograram o desejado acesso a todas as fases do processo eleitoral, mas manifestam esperança num escrutínio em ‘ambiente de paz’.
Muito embora nas presidenciais estejam em liça cinco candidatos e nas legislativas concorram 21 partidos e coligações, a disputa, num e noutro escrutínio, tem como principais protagonistas a Frelimo, no poder desde a independência, em Junho de 1975, e a Renamo-União Eleitoral.
Pelo peso que têm no país os partidos que representam, Armando Guebuza (Frelimo), e Afonso Dhlakama (Renamo), são os principais adversários destas presidenciais, deixando pouca margem de esperança para Raúl Domingos (Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento), Yaqub Sibindy (Partido Independente de Moçambique), e Carlos Reis, (Frente para a Mudança e Boa Governação).
A transparência do processo eleitoral desempenha um papel fulcral nestas eleições, com Dhlakama, que se disse ‘roubado’ no último escrutínio, a advertir que desta feita os seus apoiantes não aceitarão uma fraude.
A monitorização internacional está a cargo dos observadores da União Europeia, do Centro Carter e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que, no entanto, apenas terão acesso à contagem dos sufrágios nas assembleias de voto, não lhes sendo permitido participar em todas as fases do processo, o que tem causado mau estar e desconfianças. Ainda assim os observadores mostram-se optimistas e esperam um “escrutínio tranquilo”.
CHISSANO
O presidente cessante, Joaquim Chissano, apelou ao civismo e pediu aos candidatos que aceitem os resultados. “Temos de voltar a mostrar que somos capazes de organizar eleições ordeiras, livres e justas”.
GUEBUZA
Armando Guebuza, o candidato da Frelimo, vai continuar as reformas económicas iniciadas por Chissano: “Temos bons programas (...), precisamos de aumentar a eficiência e lutar firmemente contra a corrupção”.
DHLAKAMA
Afonso Dhlakama, candidato da Renamo, prometeu separar o governo do partido. “Uma das razões para a existência de corrupção é não haver esta separação.Eu, Dhlakama, vou alterar isso se for presidente”.
URNAS DE VOTO EM LISBOA E PORTO
Nestas eleições podem participar pela primeira vez os mais de 46 mil eleitores moçambicanos residentes no estrangeiro, para os quais foram disponibilizadas 300 assembleias de voto na Europa e África.
Segundo afirmou ao CM Samuel Augusto, adido de Imprensa da missão diplomática moçambicana em Lisboa, no território português, onde residem por volta de 8000 moçambicanos, só se recensearam pouco mais de 900 (cerca de 230 no Porto e os restantes em Lisboa) e são estes que poderão exercer o seu direito cívico na embaixada de Moçambique em Lisboa ou no Consulado de Moçambique no Porto, entre as 10 e as 21 horas.
A Alemanha é o único outro país europeu onde foram montadas assembleias de voto. Os resultados serão divulgados no último dia da votação.
Os moçambicanos na diáspora não aderiram em massa a esta possibilidade de intervirem na escolha do presidente e do partido que irá governar o seu país. Efectivamente, a taxa de recenseamento, sobretudo na Europa, ficou muito aquém das expectativas.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.