São Paulo já tinha recebido seis milhões de doses da vacina, prontas para serem aplicadas na imunização da população.
O estado brasileiro de São Paulo iniciou esta quarta-feira a produção de doses da vacina chinesa contra o Coronavírus, a Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica Sinovac, da China, em parceria com o Instituto Butantan, da capital paulista. O anúncio foi feito esta quinta-feira pelo governador do estado de São Paulo, João Doria.
"Foi iniciada ontem a produção da vacina Coronavac aqui em São Paulo. É a produção brasileira do Butantan, que está a produzir a vacina com insumos que vieram da Sinovac. É um momento histórico, que orgulha a todos nós, brasileiros", declarou Doria em cerimónia no Instituto Butantan, maior produtor de vacinas do Brasil.
Em novembro, São Paulo recebeu seis milhões de doses da Coronavac, enviadas pela farmacéutica chinesa já dentro das seringas, prontas para serem aplicadas na imunização de parte da população paulista, a primeira do Brasil a ter um imunizante contra o coronavírus. Dias depois, o Instituto Butantan recebeu material para a produção de outras doses, e até final deste mês de dezembro espera receber outros 40 milhões de doses da Coronavac, o suficiente para aplicar a primeira dose em todos os cerca de 45 milhões de habitantes do estado de São Paulo.
De acordo com João Doria, 245 técnicos já estão empenhados na produção da Coronavac no Butantan, e ele já autorizou a contratação urgente de outros 120 profissionais. Ainda segundo o governador, quando a produção atingir o auge, o Instituto Butantan, que tem um acordo de transferência de tecnologia com a Sinovac, poderá produzir até um milhão de doses da Coronavac por dia, e abastecer outros estados brasileiros que a queiram utilizar.
A semana passada, e mesmo sem ter ainda a autorização da agência reguladora, Anvisa, que espera conseguir até lá, Doria anunciou que o estado de São Paulo iniciaria a imunização dos seus habitantes no dia 25 do próximo mês de janeiro, o que irritou profundamente o presidente Jair Bolsonaro, que considera o governador de São Paulo o mais provável e forte adversário nas presidenciais de 2022. O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, chegou a discutir com Doria esta semana num encontro com governadores, e avisou que o governo não aceitaria que estados isoladamente começassem a vacinar as suas populações, mas também não apresentou um projeto de coordenação dessa imunização pelo ministério.
Na disputa política entre Bolsonaro, um negacionista da gravidade da pandemia de coronavírus e frontalmente contrário à Coronavac por ter origem na China, país criticado por si e pelos filhos, e os governadores, nomeadamente Doria, estes já estão a articular um movimento para fintar a resistência do governo central. Vários governadores já anunciaram que, se for preciso, recorrerão ao Supremo Tribunal Federal para conseguirem autorização para vacinar as suas populações, se a Anvisa, controlada pelo governo, não der essa autorização.
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