ONU lembra que as expulsões coletivas "são proibidas".
A União Europeia cedeu à Turquia e aceitou um acordo para travar a maré de refugiados e imigrantes que já mereceu críticas da ONU e de outros organismos internacionais. Vicente Cochelet, responsável da Acnur, agência das Nações Unidas para os refugiados, lembrou de que "a expulsão coletiva de estrangeiros é proibida pela Convenção Europeia de Direitos Humanos" .
O pré-acordo espelha a proposta do primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, e prevê a expulsão para a Turquia dos que entrem na Europa de forma ilegal através daquele país.
Para a Amnistia Internacional (AI), a devolução de refugiados é desumana, pois a Turquia não é um país seguro, como defende a UE. "Muitos refugiados vivem na Turquia em condições terríveis", frisou a AI, considerando que o acordo tem "defeitos morais e legais".
Alheia a críticas e indiferente aos ataques da Turquia à liberdade de imprensa – que só vagamente foram abordados no encontro de Bruxelas –, a chanceler alemã, Angela Merkel, saudou o "grande passo" que o acordo representa: "O que fizemos foi voltar ao princípio: o asilo deve ser pedido no país de chegada e o refugiado não pode escolhe para onde ir". A inversão do princípio, admitiu, foi culpa sua, quando no ano passado permitiu a passagem de milhares de refugiados para a Alemanha.
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