Decisão foi tomada "à luz dos recentes desenvolvimentos no Médio Oriente" e vai permitir aos países membros discutir o próximo Festival Eurovisão da Canção.
A União Europeia de Radiodifusão (UER), organizadora do festival Eurovisão da Canção, adiou para dezembro a decisão sobre se Israel vai poder participar no próximo evento, devido ao cessar-fogo alcançado para a Faixa de Gaza, confirmou segunda-feira aquela entidade.
Num comunicado enviado à agência francesa AFP, a UER revelou que "decidiu inscrever esta questão na ordem do dia da sua assembleia geral ordinária de inverno, que terá lugar em dezembro, em vez de organizar uma sessão extraordinária", tal como tinha sido confirmado em setembro, na sequência de múltiplos apelos para que fosse implementado um boicote.
Esta decisão foi tomada "à luz dos recentes desenvolvimentos no Médio Oriente" e vai permitir aos países membros discutir de forma "aberta e em pessoa" sobre o próximo Festival Eurovisão da Canção, que vai acontecer na Áustria em 2026.
Nos últimos meses, Eslovénia, Espanha, Irlanda, Islândia e Países Baixos anunciaram que não vão participar na competição a realizar em Viena, em maio de 2026, caso Israel seja admitido como concorrente.
Em setembro, o conselho de administração da televisão pública espanhola, RTVE, aprovou "por maioria absoluta" o boicote à próxima edição, se Israel participar.
Espanha foi o primeiro país do grupo conhecido como "Big 5" a anunciar este boicote. Os "Big 5" são Espanha, Reino Unido, França, Alemanha e Itália, os maiores contribuintes da organização, e as suas canções têm acesso direto à final em cada edição.
Nos Países Baixos, a associação de radiodifusão pública Avrotros justificou a decisão citando as "graves violações da liberdade de imprensa" cometidas por Israel em Gaza.
A Áustria, país anfitrião do festival em 2026, por seu lado, lamentou os apelos ao boicote caso Israel participe na próxima edição, adiantou a AFP.
Os boicotes devem-se aos ataques militares de Israel no território palestiniano da Faixa de Gaza, nos dois últimos anos, que mataram pelo menos 67 mil pessoas e foram classificados como genocídio por uma comissão internacional independente de investigação da Organização das Nações Unidas.
Nos últimos dias entrou em vigor um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, impulsionado pelos Estados Unidos e negociado ao longo de vários dias em Sharm el-Sheikh com a mediação de delegações do Egito, do Qatar e da Turquia.
O Festival Eurovisão da Canção é organizado pela UER, fundada em 1950, em cooperação com operadores públicos de mais de 35 países, entre os quais a Rádio e Televisão de Portugal (RTP).
O concurso realiza-se anualmente desde 1956 e já houve países excluídos, caso da Bielorrússia, em 2021, após a reeleição do presidente Aleksandr Lukashenko, e da Rússia, em 2022, após a invasão da Ucrânia.
Israel foi o primeiro país não europeu a poder participar, em 1973, e ganhou quatro vezes.
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