Sheikh Hasina, que no ano passado fugiu para a Índia, foi acusada de crimes contra a humanidade.
A ex-primeira ministra do Bangladesh, Sheikh Hasina, foi esta segunda-feira condenada à pena de morte por um tribunal do país, por crimes contra a humanidade.
Em causa está a violenta repressão levada a cabo pelo seu governo relativamente aos protestos estudantis do ano passado, que acabou por levar à queda do executivo que liderava. Foram realizadas centenas de execuções extrajudiciais pelas forças judiciais, a mando de Sheikh Hasina. Segundo foi revelado em tribunal, perto de 1.400 manifestantes terão morrido e 25 mil pessoas terão ficado feridas durante os protestos de 2024.
"Sheikh Hasina cometeu crimes contra a humanidade por sua incitação, ordem e omissão em tomar medidas punitivas", disse um dos juízes ao proferir o veredicto, que mereceu aplausos dos muitos familiares das vítimas presentes no tribunal.
Hasina respondeu por cinco acusações relacionadas com a incitação ao assassinato de manifestantes, ordem de enforcamento e ordem de uso de armas letais, drones e helicópteros para reprimir os protestos.
A ex-primeira-ministra negou todas as acusações através dos seus representantes, até porque não se encontra no país. Hasina está exilada na Índia desde agosto do ano passado.
O governo interino do Bangladesh pediu a sua extradição, mas ainda não obteve resposta de Nova Deli.
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