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Exigências de Putin para o fim da guerra: Desde a região de Donbass ao bloqueio da presença de tropas ocidentais

Está ainda em cima da mesa a possibilidade da Rússia devolver à Ucrânia certas partes das regiões de Kharkiv, Sumy e Dnepropetrovsk.

21 de agosto de 2025 às 20:16

Vladimir Putin está a exigir que a Ucrânia ceda uma parte da região de Donbass que ainda controla, que desista da sua aderência à NATO e que não permita a chegada de tropas ocidentais ao seu território. 

Segundo a agência noticiosa Reuters, estes são os pedidos do líder russo para colocar um fim ao conflito com a Ucrânia. 

Em conferência de imprensa com jornalistas depois da sua reunião de três horas com o presidente norte-americano, Donald Trump, no Alasca, Putin expressou que esperava que os acordos alcançados com o líder dos EUA abrissem caminho para a paz na região do leste da Europa. 

Analisando estas exigências, em comparação com as que foram feitas o ano passado, Putin cedeu nas reivindicações territoriais que envolviam a renúncia total da região de Donetsk e Donbass, Kherson e Zaporizhia. Na altura, Kiev rejeitou estas exigências. 

De acordo com três fontes, que falaram com a agência sob anonimato, o presidente russo continua a insistir na retirada total da Ucrânia dos territórios de Donbass. Por sua vez, a Rússia está pronta para cessar as suas operações militares ao longo da atual linha de contacto nas regiões de Zaporizhia e Kherson. 

Está ainda em cima da mesa a possibilidade da Rússia devolver à Ucrânia certas partes das regiões de Kharkiv, Sumy e Dnepropetrovsk que estão sob domínio russo. 

Putin exige que a Ucrânia abandone a sua adesão à NATO e quer ainda garantias jurídicas de que a aliança militar não se expandirá para o leste da Europa, que a Ucrânia permaneça neutra e que as suas forças armadas sejam limitadas. O líder russo pede também que as tropas ocidentais não fiquem posicionadas em território ucraniano como forças de manutenção de paz.

No entanto, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky já tinha rejeitado a ideia de retirar as suas tropas dos territórios ucranianos invadidos, argumentando que Donbass serve de fortaleza para conter o avanço russo. 

“Se estamos a falar simplesmente de retirar as tropas do leste, não podemos fazer isso", disse aos jornalistas na quinta-feira. “Esta é uma questão de sobrevivência do nosso país, incluindo as linhas defensivas mais fortes”.

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