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Filho de Jair Bolsonaro constituído arguido por coação ao tribunal que condenou o pai

Eduardo, que está nos EUA desde Fevereiro, é acusado de ter comandado junto a autoridades desse país uma campanha para tentar interferir no julgamento do pai, condenado por tentativa de golpe de Estado.

26 de novembro de 2025 às 20:22

O Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro constituiu arguido por crime de coação o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi tomada por unanimidade pelos quatro juízes que atualmente fazem parte da Primeira Turma daquele tribunal.

Eduardo, que está nos EUA desde Fevereiro, é acusado de ter comandado junto a autoridades desse país uma campanha para tentar interferir no julgamento do pai, condenado em 12 de Setembro a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. O filho do ex-presidente foi tornado arguido horas depois de o pai, preso numa cela na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, ter começado a cumprir a pena após três meses e meio em prisão domiciliária e, desde sábado passado, prisão preventiva.

Para o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, Eduardo foi o responsável direto por punições aplicadas pelo governo de Donald Trump contra o Brasil e contra magistrados do STF, principalmente Alexandre de Moraes, que comandou no STF o julgamento contra Bolsonaro, tentando intimidá-los para que ilibassem o antigo presidente ou lhe aplicassem uma sentença leve, o que não aconteceu. Ainda não há data para o julgamento de Eduardo Bolsonaro, que, se for considerado culpado, poderá ser sentenciado a até quatro anos de prisão e perder o mandato de deputado federal.

Com medo de ser preso se voltar ao Brasil, Eduardo não esteve com o pai em alguns momentos particularmente difíceis da vida recente do ex-presidente, como a delicada cirurgia abdominal de mais de 12 horas a que ele foi submetido em Abril, nem durante o período de prisão domiciliar. No Congresso, parlamentares ligados a Lula da Silva apresentaram queixa contra Eduardo e pediram que ele tivesse o mandato anulado, mas o Conselho de ética arquivou a denúncia.

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