Acordo abrange os 27 Estados-membros da UE mais Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, o equivalente a 25% da economia global e 780 milhões de pessoas.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, insistiu esta quinta-feira em Bruxelas que o acordo da União Europeia (UE) com o Mercosul "não pode ser assinado", quando a Comissão Europeia aguarda aval comunitário para oficializar a parceria no sábado.
"Quero dizer aos nossos agricultores que manifestam a clareza da posição da França desde o início: em relação ao Mercosul, consideramos que não está tudo certo e que este acordo não pode ser assinado", afirmou o chefe de Estado francês, falando na chegada à reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas.
Precisamente devido à cimeira europeia, centenas de tratores e milhares de agricultores de vários países bloqueiam as principais vias de Bruxelas desde a madrugada desta quinta-feira, em protesto contra o acordo a UE e os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) por terem concorrência desleal, sobretudo no mercado da carne.
A Comissão Europeia aguarda que seja aprovada a assinatura do acordo comercial e de parceria com o Mercosul para a presidente da instituição, Ursula von der Leyen, se deslocar ao Brasil no sábado para o oficializar.
Por maioria qualificada, o Conselho da UE (os países) deve decidir entretanto sobre a assinatura do acordo, que poderia depois acontecer à margem da cimeira do Mercosul, marcada para sábado na cidade brasileira de Foz do Iguaçu, na tríplice fronteira do país com a Argentina e o Paraguai.
Este acordo está a ser negociado há 25 anos.
Na passada terça-feira, o Parlamento Europeu aprovou salvaguardas relativas ao acordo e esta madrugada, o Conselho da UE chegou a acordo sobre cláusulas de salvaguarda do acordo comercial para proteger os agricultores europeus do potencial impacto negativo de um aumento das importações latino-americanas.
A França lidera um grupo de países que se opõe à parceria entre os dois blocos, aos quais se juntou recentemente Itália, permitindo uma minoria de bloqueio, o que pode impedir Ursula von der Leyen de oficializar o protocolo.
Após o anúncio do fim das negociações em dezembro de 2024, o texto tem estado a percorrer as etapas necessárias antes da assinatura formal, como revisão jurídica, tradução e ratificação pelos países.
A UE e os países do Mercosul tentam finalizar aquele que será o maior acordo comercial e de investimento do mundo, que servirá um mercado de 700 milhões de consumidores, no âmbito do reforço da cooperação geopolítica, económica, de sustentabilidade e de segurança.
O acordo abrange os 27 Estados-membros da UE mais Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, o equivalente a 25% da economia global e 780 milhões de pessoas, quase 10% da população mundial.
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