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Futuro diretor do FBI promete trabalhar em nome de uma "justiça imparcial"

Christopher Wray foi nomeado por Donald Trump.

12 de julho de 2017 às 17:39

O responsável nomeado pelo Presidente Donald Trump para chefiar a polícia federal americana (FBI), Christopher Wray, garantiu esta quarta-feira que irá trabalhar em nome de uma "justiça imparcial", numa declaração inicial durante a audiência de confirmação no Congresso.

"Nunca irei deixar que o trabalho do FBI seja influenciado por nada além dos factos, a lei e a procura de uma justiça imparcial. Ponto final", prometeu Christopher Wray, dois meses depois do Presidente norte-americano ter demitido de forma repentina o anterior diretor da polícia federal James Comey, em plena investigação sobre a alegada ingerência russa nas eleições presidenciais.

Christopher Wray, advogado no reconhecido escritório King and Spalding e que já assumiu funções no Departamento de Justiça (o equivalente ao Ministério da Justiça), está a ser ouvido no Senado (câmara alta do Congresso norte-americano) numa audiência que irá determinar a sua confirmação para o cargo de diretor-geral do FBI.

"Comprometo-me a ser o líder que o FBI merece e a liderar uma agência independente, um motivo de orgulho para todos os americanos", acrescentou o veterano da Justiça americana, pouco conhecido da opinião pública, que assumiu funções durante a administração de George W. Bush.

Wray foi responsável, entre 2003 e 2005, da Divisão Criminal, uma das mais importantes do Departamento de Justiça, segundo a biografia disponibilizada pelo escritório King and Spalding.

O nome de Christopher Wray foi divulgado por Trump no passado dia 07 de junho.

Caso seja confirmado pelo Senado, Christopher Wray terá a difícil tarefa de tranquilizar os mais de 30.000 funcionários desta agência centenária, muito ciosos da sua independência, mas também de recuperar a confiança da opinião pública americana, que teme que a instituição esteja sob influência da Casa Branca.

A audiência de Wray acontece numa altura em que as suspeitas sobre uma eventual ingerência russa nas eleições presidenciais norte-americanas de novembro último estão reforçadas após a revelação de informações sobre uma reunião, em junho de 2016, entre o filho mais velho de Trump e uma advogada que lhe foi apresentada como uma emissária de Moscovo.

O ex-diretor James Comey foi demitido de forma repentina, a 09 de maio, numa altura em que estava a supervisionar uma investigação sobre os alegados contactos mantidos entre a campanha de Trump e a Rússia durante a corrida às presidenciais nos Estados Unidos.

No início de junho, James Comey foi ouvido no Comité dos Serviços de Inteligência do Senado, que também está a conduzir uma investigação sobre o dossiê russo.

Numa declaração escrita divulgada na véspera da audiência, Comey confirmou, entre outros aspetos, que Donald Trump lhe pediu para abandonar a investigação sobre Michael Flynn, ex-conselheiro de segurança nacional envolvido no caso da alegada ingerência russa nas presidenciais de novembro de 2016.

A investigação sobre a eventual interferência de Moscovo está agora nas mãos de outro ex-diretor do FBI, Robert Mueller, que foi nomeado procurador especial para supervisionar este dossiê.

Os opositores de Trump afirmam que o atual Presidente dos Estados Unidos é culpado de obstrução da justiça.

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