Num duro ataque a Jair Bolsonaro, que costuma referir-se a ele com palavras de baixo calão e insinuações pessoais, o governador do estado de São Paulo, João Doria, classificou o presidente brasileiro como um "facínora", que "gosta do cheiro da morte". Doria aludia ao negacionismo de Bolsonaro em relação à Covid-19, que no Brasil já matou 206 mil pessoas.
"O Bolsonaro defende a morte, ele gosta do cheiro da morte. O que está a acontecer em Manaus (capital do Amazonas, onde doentes com Covid-19 estão a morrer por falta de cilindros de oxigénio nos hospitais enquanto Bolsonaro condiciona a ajuda ao uso da polémica cloroquina, que ele mesmo prescreveu) em qualquer outro país do mundo seria considerado genocídio. O negacionismo está a tomar conta do Brasil sob o comando desse facínora, já custou a vida de milhares de brasileiros e vai custar a de outros milhares se não fizermos alguma coisa. Está na hora dos brasileiros, o Congresso, a imprensa e toda a sociedade civil reagir contra esse presidente frio, sem respeito pela vida, sem coração", disparou João Doria, antigo aliado de Bolsonaro mas que se transformou em alvo do chefe de Estado depois de este avaliar que Doria poderá ser seu adversário nas presidenciais de 2022.