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Governo belga sugere espionagem por trás de sobrevoo de drones em base militar

Aparelhos sobrevoaram no sábado e domingo à noite a base militar de Kleine Brogel, nordeste da Bélgica, onde estão armazenadas armas nucleares norte-americanas.

03 de novembro de 2025 às 12:42

O ministro da Defesa belga, Theo Francken, manifestou esta segunda-feira preocupação com a série de sobrevoo de drones não identificados na Bélgica admitindo que pode ter sido uma operação de espionagem.

Os aparelhos aéreos não tripulados (drones) sobrevoaram no sábado e no domingo à noite a base militar de Kleine Brogel, nordeste da Bélgica, onde estão armazenadas armas nucleares norte-americanas.

O ministro confirmou que no sábado drones de pequena dimensão sobrevoaram o complexo militar para testarem as frequências de rádio dos serviços de segurança belgas.

Theo Francken disse à emissora pública RTBF que mais tarde surgiram drones maiores para "desestabilizarem a área e as pessoas".

"Parece uma operação de espionagem. Por quem, não sei. Tenho algumas ideias, mas vou ser cauteloso" ao especular, disse.

No mês passado, foram avistados vários drones sobre outra base militar belga perto da fronteira com a Alemanha.

Os operadores não foram identificados.

A Rússia foi responsabilizada por várias violações do espaço aéreo europeu, principalmente na Estónia e na Polónia, nos últimos meses.

Até ao momento não foram identificados os responsáveis pelo sobrevoo de drones na Dinamarca e na Alemanha.

O avistamento de um drone ao final da noite da passada sexta-feira no aeroporto de Brandeburgo, em Berlim, suspendeu os voos durante quase duas horas.

Francken afastou a possibilidade de os voos de drones no fim de semana na Bélgica terem sido uma "brincadeira".

O ministro belga disse ainda que o inibidor de sinal dos serviços de segurança não funcionou porque a frequência de rádio foi alterada pelos operadores dos drones.

"Têm as suas próprias frequências. Um amador não sabe como fazer isso", disse Francken quando questionado sobre as falhas na tentativa de abate dos drones pelas autoridades.

Francken mostrou-se preocupado e lamentou que a Bélgica não tivesse adquirido novos sistemas de defesa aérea "há cinco ou dez anos", que possam lidar contra aparelhos aéreos não tripulados.

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