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Governo italiano e oposição longe de acordo sobre criação de salário mínimo

Encontro entre representantes do Executivo chefiado por Meloni e dos principais partidos terminou sem aproximação entre as partes.

11 de agosto de 2023 às 20:08

O governo italiano e os principais partidos da oposição estiveram esta sexta-feira reunidos ao final da tarde, em Roma, para discutir a eventual implementação de um salário mínimo em Itália, mas o encontro terminou sem aproximação entre as partes.

No final de uma reunião no Palácio Chigi, sede do governo italiano, que se prolongou por cerca de duas horas, não houve declarações públicas dos intervenientes, mas várias fontes partidárias indicaram à imprensa italiana que, "basicamente, todos mantiveram as suas posições".

Os partidos da oposição estão alinhados em torno da criação de um salário mínimo de 9 euros por hora, mas o executivo de Giorgia Meloni é contra.

Fontes dos partidos da oposição indicaram que a chefe de governo convidou antes os diversos partidos da oposição a trabalharem em conjunto com os parceiros sociais em torno de um projeto lei que vise dar "plena aplicação" ao artigo da Constituição italiana que estabelece que "o trabalhador tem direito a uma remuneração proporcional à quantidade e à qualidade do seu trabalho e, em qualquer caso, suficiente para lhe assegurar e à sua família uma existência livre e digna".

Segundo as mesmas fontes, a primeira-ministra sublinhou que há agora um período de 60 dias para se tentar chegar a uma plataforma de entendimento.

A maioria parlamentar que apoia o governo de coligação de Meloni aprovou, na semana passada, uma moção para adiar, por dois meses, a discussão em sede da Câmara dos Deputados do projeto-lei para a criação de um salário mínimo, apresentado pelo conjunto dos partidos da oposição.

Na reunião de hoje no Palácio Chigi participaram os líderes dos três partidos que formam a coligação governamental de direita e extrema-direita, designadamente Meloni (Irmãos de Itália) e os vice-primeiros ministros Matteo Salvini (Liga) e Antonio Tajani (Força Italia).

A oposição esteve representada pelos líderes do Partido Democrático, Movimento 5 Estrelas, Ação, Mais Europa, Esquerda italiana e Verdes.

Entre os 27 Estados-membros da União Europeia (UE), a Itália é um dos cinco sem um salário mínimo instituído, juntamente com Finlândia, Suécia, Dinamarca e Áustria, sendo os rendimentos determinados em sede de negociação coletiva entre patronato e sindicatos.

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